Anfavea prevê alta de 6,6% nas vendas de automóveis e comercias leves em 2024
Produção deverá subir 4,7% no ano que vem, ainda conforme as projeções da entidade
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulga o balanço de novembro de 2023 e faz as projeções dos números da indústria automotiva no Brasil no ano que vem, com uma dose de otimismo, mas apreensiva com a grande alta nas importações, principalmente de modelos chineses.
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De acordo com dados da entidade, este ano foi marcado aumento das vendas no mercado interno , estabilidade na produção e queda nas exportações. Para o próximo ano, a estimativa é de mais um degrau de crescimento, não só de vendas, mas também nos outros dois principais indicadores.
Para a Anfavea, em 2023 as vendas do mercado interno ficarão em 2,29 milhões de emplacamentos, alta de 8,8% sobre 2022, acima dos 6% projetados pela entidade Para 2024, a expectativa é que as vendas alcancem 2,450 milhões de autoveículos, uma elevação de 7% sobre 2023. Na divisão por grandes segmentos, espera-se alta de 6,6% para automóveis e comerciais leves, e de 14,1% para veículos pesados.
Apesar do crescimento do mercado interno, a produção recuou 0,5% no ano, em função da queda nas exportações e do aumento relevante das importações. A estimativa, faltando poucos dias para o encerramento do ano, é de uma produção acumulada de 2,359 milhões de autoveículos, o que mostra estagnação.
Sobre o ritmo lento da produção da indústria automotiva no Brasil presidente da ANFAVEA, Marcio de Lima Leite chegou a dizer que "precisamos de todo o esforço conjunto das empresas e da sociedade para aumentar nossa produtividade, mas acredito que só em 2026 recuperaremos os níveis registrados antes da pandemia”.
Outra preocupação da Anfavea é quanto ás exportações, com a queda cada vez maior da participação das vendas do Brasil para o mercado argentino, que está bastante instável e com futuro incerto com a vitória de Javier Milei, que propõe rever os termos do Mercosul.
A respeito das exportações para o mercado argentino, a entidade explicou que se os modelos nacionais ainda tivessem a participação de 49% na Argentina como há quatro anos, teríamos vendido 95 mil unidades a mais neste ano, já que houve crescimento daquele mercado. Porém, a fatia brasileira caiu para 27%. Para 2024, a projeção da ANFAVEA é de exportações totais de 407 mil unidades, leve alta de 2% na comparação com 2023.
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