Atropelamento a 30 km/h equivale a queda do segundo andar de um prédio

Especialista mostra de forma clara como a velocidade é um fator de risco relevante
Velocidade é um dos principais fatores de risco em acidentes

Velocidade é um dos principais fatores de risco em acidentes | Imagem: Reprodução internet

O Detran paulista aborda nesta semana um interessante estudo realizado pela especialista em segurança viária na WRI Brasil, Adriana Jakovcevic, no qual é possível ter uma boa noção de como a velocidade é um dos principais fatores de risco em acidentes de trânsito. 

De acordo com a profissional argentina, quando o veículo está em movimento a uma velocidade de apenas 30 km/h e atinge uma pessoa, ele é capaz de provocar um dano no pedestre equivalente a uma queda do segundo andar de um edifício. 

A uma velocidade de 60 km/h, por exemplo, o acidente corresponde a uma queda do 6º andar. Nesse cenário, destaca o estudo, o pedestre tem cerca de 98% de chance de vir a óbito. 

A velocidade com que o condutor dirige um veículo está diretamente relacionada ao risco dos incidentes e a gravidade do sinistro. Uma redução de até 5% na velocidade média do veículo pode resultar em 30% menos sinistros fatais. É extremamente necessário que tenhamos em todo o mundo cada vez mais ações de conscientização no trânsito para melhorarmos acidentes e óbitos no trânsito”, explica Jakovcevic. 

As constatações da especialista foram reveladas no webinar do Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo (Detran.SP) em parceria com a Iniciativa Bloomberg para Segurança Global no Trânsito. O encontro virtual sobre a 1ª Década de Ação para a Segurança no Trânsito da ONU foi um dos destaques do quarto dia da Semana Nacional de Trânsito de 2021, que tem como lema “No trânsito, sua responsabilidade, salva vidas”. 

Bons exemplos

Especialista Internacional em Segurança Viária e Transportes na Grécia, George Yannis relatou no evento que seu país superou metas estabelecidas com uma queda de 56% nas mortes e uma diminuição de 60% nos feridos graves em sinistros de trânsito. Já a taxa de fatalidades por milhão de veículos diminuiu 59% desde 2008.

A Grécia pode ser um ótimo exemplo para o Brasil, pois progredimos muito para a diminuição de óbitos no trânsito. É preciso identificar os problemas e propor soluções. O principal plano de mobilidade aplicado na Grécia para a diminuição nas mortes no trânsito foi um grande upgrade da malha viária para melhorar a segurança viária. Mas precisamos melhorar. Nosso objetivo agora é reduzir em até 50% as lesões graves no trânsito. Mas para isso acontecer é preciso de um comportamento adequado de todos que participam do trânsito”, destaca Yannis.

Coordenador de Vigilância de Dados pela Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global, Diego Vargas explicou que Bogotá, capital da Colômbia, reduziu o número de fatalidades no trânsito em 17%, passando de 606 mortes em 2014, para 506 em 2019. Já nas taxas por 100.000 habitantes, no mesmo período, houve uma diminuição de 20%, passando de 8,4 óbitos por 100.000 habitantes em 2014 para uma taxa de 6,7 óbitos por 100.000 habitantes em 2019.

Tivemos uma mudança de filosofia para melhorar os índices de Bogotá.Com melhores políticas públicas, foi possível que tivéssemos uma redução de óbitos no trânsito. Um dos avanços que tivemos nos índices de óbitos foi à implantação da redução da velocidade máxima nas vias e um trabalho com os pedestres. Com melhores sinalizações, tivemos menos óbitos e isso ajudou na sinistralidade nos últimos anos”, afirma Vargas.

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