Conheça dez itens que seu carro ainda terá

Acha luxuoso demais ter câmera de auxílio à ré, GPS integrado e freio de estacionamento elétrico? Pois saiba que eles serão cada vez mais comuns

Daytime running lights: liga-se o carro, ligam-se os faróis | Imagem: Divulgação

Talvez seus netos não acreditem, mas houve uma época em que retrovisores externos do lado direito eram opcionais, direção hidráulica só tinham os carros luxuosos e ABS, airbag e computador de bordo faziam parte da lista de raridades entre os nacionais. Tais itens, hoje, são comuns – e obrigatórios, no caso dos espelhos – à maioria dos automóveis, mesmo nos populares. Ainda que opcionais, itens tecnológicos estão cada vez mais presentes até em carros de menor valor. Reunimos os itens que hoje podem estar longe do seu carro, mas que em breve serão comuns como o retrovisor do lado direito.

Câmera de auxílio à ré

Está aí um item que não causa mais tanto espanto – você engata a ré e seu vizinho continua achando legal, mas não vê o equipamento como algo de outro mundo. Leva um tempo para se acostumar com tamanha facilidade, mas depois que você se acostuma, não fica mais sem ela. Exemplos: Toyota Corolla, Kia Soul, Chevrolet Captiva, Ford Edge, Nissan Sentra, Dodge Journey.

Faróis de LEDs (daytime running light)

Os faróis que viraram marca registrada dos Audi não estão lá só para embelezar o carro. Os faróis de LEDs que funcionam mesmo de dia – e que levam o nome oficial de daytime running light – se encaixam na legislação europeia que determina que os veículos estejam iluminados mesmo de dia. Por aqui, só os caros importados têm o recurso, mas não vai demorar até que o vejamos em carros mais acessíveis, como o Kia Soul 2012.

GPS integrado

Há tempos eles se tornaram populares, mas ainda incomoda ter que fixá-los no para-brisa ou em qualquer outro canto do carro. Sem contar a exposição do aparelho, que pode ser alvo de ladrões. Portanto, uma das melhores facilidades que a indústria automobilística tem nos dado é o GPS integrado. Pode ser no painel de instrumentos, como no Fiat Bravo e no novo VW Jetta, ou no alto do painel, geralmente acima das saídas do ar-condicionado. Exemplos: Renault Fluence, Audi A1, Peugeot 408.

Câmbio automatizado de dupla embreagem

O conceito nasceu nos carros da Fórmula 1 e, veja só, foi parar até em automóveis de entrada, como Fiat Palio e Volkswagen Gol. Mas o que há de melhor nos câmbios automatizados (que têm características construtivas totalmente distintas da composição dos automáticos, ao abrirem mão do conversor de torque) está naqueles com dupla embreagem. Uma delas acopla e desacopla as marchas pares, enquanto a outra cuida das ímpares. Traduzindo: quando você está de 4ª, a 3ª e a 5ª estão engatadas, e assim sucessivamente. Traduzindo de novo: as trocas são muito, muito mais rápidas e o prazer ao volante, muito, muito maior.

Ainda apenas disponível em modelos de luxo, a tecnologia logo estará em carros de entrada. A tendência é baratear o sistema, talvez eliminando a opção de trocas manuais. A Fiat, por exemplo, já desenvolve um sistema para equipar seus automóveis mais baratos. Exemplo: Volkswagen Jetta TSI.

Motor com injeção direta de combustível

Trata-se, simplesmente, da injeção do combustível (por enquanto, só gasolina) diretamente na câmara de combustão, dispensando o duto de admissão. O objetivo é queimar o combustível de maneira mais eficaz, já que haverá uma pulverização dele na câmara. E o resultado prático é aumento de potência e redução no consumo. Audi e Volks nadam de braçada no assunto, mas Hyundai, Mercedes-Benz e Chevrolet já aderiram.

Paddle Shifts

Um dos equipamentos mais desejados por quem ultrapassou a barreira dos R$ 40.000. Além de não ser tão caro, traz, ao mesmo tempo, diversão e comodidade ao condutor. Estrada sinuosa? Basta reduzir as marchas com o dedo esquerdo para entrar nas curvas, e avançá-las com o direito para ganhar velocidade. Cansou da diversão? É só voltar o câmbio para o modo automático e curtir a viagem. Exemplos: Volkswagen Gol I-Motion, Fiat Bravo Dualogic.

Ar-condicionado dual zone

Ter uma zona de resfriamento própria também será um sonho mais democrático. Os ar-condicionados de duas zonas eram exclusividades de carros de mais de R$ 100.000. Atualmente, equipam qualquer hatch médio que se preze e alguns compactos premium mais atrevidos. Exemplos: Fiat Punto.

Freio de estacionamento elétrico

Substituir a arcaica alavanca é, no mínimo, charmoso. Sem contar que muitos dos veículos com freio de estacionamento elétrico trazem recursos que facilitam o arranque em declives, impedindo que o carro recue quando o motorista reinicia o movimento. Exemplos: Chevrolet Captiva.

Teto solar panorâmico

Pode parecer luxo demais, mas o fato é que o teto solar panorâmico aumenta a luminosidade dentro do carro e, consequentemente, amplia a sensação de espaço interno. Pode ser útil também para ler placas de trânsito que ficam distantes e no alto. Exemplos: Fiat Punto, Fiat Idea, Peugeot 3008.

Botão de partida

Não que fazer ligação direta ainda seja um hábito de gatunos, mas, em tese, o botão de partida elimina essa brecha. No geral, dá status ao proprietário e diverte quem ainda não é acostumado com o recurso. E se o carro for do tipo que mantém o local para ignição, melhor ainda – carregar a chave no bolso parece, mas pode não ser tão prático.