Conheça o Guarani, o novo veículo blindado do Exército brasileiro

Unidades do veículo militar da Iveco foram vendidas por cerca de R$ 2,8 milhões cada

Iveco já entregou sua primeira frota de blindados para o Exército brasileiro | Imagem: Divulgação

Em parceria com o exército brasileiro, a Iveco projetou, produziu e agora entregou as primeiras unidades do novo blindado Guarani. Avaliado em cerca de R$ 2,8 milhões cada, o Guarani é o primeiro veículo militar desenvolvido fora da Europa pela fabricante italiana.

Nesta segunda-feira (24), o exército brasileiro recebeu, no 33º Batalhão de Infantaria Mecanizado de Cascavel (PR), as primeiras 13 unidades do Guarani, ao custo total de R$ 37 milhões. Segundo assessoria da Iveco, os veículos servirão em patrulhas de controle de fronteira, assim como em treinamentos militares.
 
Anfíbio, o Guarani surpreende em diversos aspectos. Com capacidade para levar até 11 pessoas (8 combatentes, um atirador e um piloto), o blindado pode alcançar velocidades de até 110 km/h, apesar de seu peso de mais de 18 toneladas e seu comprimento de quase 7 metros.

Como armamento, o Guarani leva metralhadoras e canhões que podem variar em cada versão (a Iveco é capaz de produzir cerca de uma dúzia de variantes do blindado), mas o provável é que ele trabalhe com canhões de 30 mm e metralhadoras de 7.62 mm.

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Com GPS e blindagem especial anti-minas terrestres (que conta também com assentos suspensos no teto do veículo que visam diminuir os danos em caso de um impacto vindo por baixo), o Guarani traz diversos recursos tecnológicos de primeira linha. Dentre eles, encontram-se o sistema automatizado de pressurização dos pneus, as suspensões independentes em cada uma das seis rodas e o ar-condicionado com sistema de filtros contra armas químicas, biológicas e nucleares.

O novo blindado da Iveco chega para substituir o Urutu EE-11, veículo desenvolvido no Brasil pela extinta Engesa na década de 1970. O Guarani é fabricado na planta da Iveco de Sete Lagoas (MG), onde sai da linha de montagem com um índice de nacionalização superior a 60%, segundo comunicado da empresa. A planta tem capacidade para produzir até 200 blindados por ano.