Dona da Volvo, chinesa Geely marca data de estreia no Brasil

Uma das maiores montadoras da China, Geely lançará o sedã EC7 no mercado brasileiro após dois anos e meio de preparação

Geely EC7 é o primeiro modelo da marca chinesa no Brasil | Imagem: Divulgação

Já se vão alguns anos desde a chegada das primeiras marcas chinesas, mas até agora nenhuma delas incomodou as montadoras estabelecidas no Brasil – quem chegou perto foi a JAC e sua estratégia de divulgação com Faustão, mas bastou aumentar os impostos de importados para que o fôlego acabasse. Colocadas na mesma situação, elas ainda terão que provar que são uma boa opção para o consumidor brasileiro, assim que suas fábricas nacionais sejam inauguradas.

Então por que mais uma marca chinesa resolve entrar no País? É verdade que a Geely, a tal marca, já ensaia sua estreia há muito tempo, desde agosto de 2011. Depois de vários adiamentos, a montadora, enfim, marcou seu lançamento, no dia 21 de janeiro. Nesta data, ela mostrará o sedã EC7, que começará a ser vendido em seguida numa rede de com 15 concessionárias em locais ainda desconhecidos.

Por falar nisso, a Geely tem hoje como grande trunfo e gancho publicitário o fato de ser dona da Volvo, a marca sueca conhecida pela segurança de seus carros. Mas isso é motivo para comprar um carro da marca?

Na Europa, onde a Geely estreou inicialmente num mercado difícil como o britânico, o sedã até que não fez feio. Com porte de Corolla, o EC7 esbanja espaço, segundo a crítica inglesa. Tem mais de 600 litros de porta-malas e espaçoso generoso no interior. Os equipamentos são os mais comuns no segmento, mas nada de sistemas modernos e conectados a internet.

A parte mecânica também segue a receita chinesa: motor de potência mediana para o porte do carro, nesse caso um 1.8 litro com 140 cv de potência, o mesmo do Civic de entrada. A transmissão era cotada como manual há alguns meses, com uma versão automática (CVT) tempos depois.

Quanto ao acabamento, os jornalistas ingleses fizeram críticas semelhantes às que são comuns no Brasil: materiais mais simples e montagem precária.

Aliás, a Geely finalizará a montagem do EC7 no Uruguai, antes de enviá-lo ao Brasil. A razão é que a parceira brasileira é a Gandini, empresa mais conhecida por representar a Kia Motors em nosso país. De lá virão ainda o compacto LC e possivelmente um SUV, categoria que mais cresce no mundo.

Os preços ainda são guardados a sete chaves, mas acredita-se que deverão ficar abaixo de R$ 60 mil, o máximo para competir num segmento dos mais concorridos. Daí se verá se a Geely é apenas mais uma chinesa ou, como diz um vídeo institucional, “a melhor marca da China”.