JAC E-J7 seduz pelo custo-benefício, mas ainda está abaixo dos alemães

Sedã bate modelos de Audi, BMW e Mercedes-Benz na aceleração e é único elétrico, só que dirigibilidade não é páreo para rivais
JAC E-J7 2022

JAC E-J7 2022 | Imagem: Divulgação

Encontrar uma novidade no segmento de sedãs anda mais difícil do que saber quando a pandemia vai acabar. Mesmo com a clara preferência do mercado pelos SUVs, a JAC Motors remou na contramão ao trazer o E-J7.

Além de ser o primeiro sedã elétrico vendido pela empresa no país, ele também não possui concorrentes diretos no mercado brasileiro.

Vai ver que foi por isso que a marca chinesa resolveu mirar nos alemães de luxo. A fabricante colocou o E-J7 como rival de Audi A4, BMW Série 3 e Mercedes-Benz Classe C. Talvez você não concorde, mas, ao menos no preço, o chinês sai na frente. Por R$ 264.900, o sedã da JAC custa bem menos do que a trinca alemã, que beira a faixa dos R$ 300 mil.

O modelo chinês também leva vantagem na aceleração de 0 a 100 km/h. São necessários 5,9 segundos para cumprir a tarefa, menos do que A4, 320i e C 180 - este último saiu de linha com a estreia da nova geração. Só que o E-J7 perde feio na velocidade máxima limitada a 150 km/h. O A4, por exemplo, chega aos 240 km/h, mais do que seus conterrâneos 320i e C 180.

No geral, ainda falta refinamento na dirigibilidade. Durante nosso primeiro contato em uma pista fechada, o E-J7 apresentou um comportamento bastante instável em linha reta, mesmo abaixo dos 100 km/h. A situação é melhor nas curvas, mas o sedã da JAC ainda está longe dos alemães neste quesito.

A suspensão tem a calibragem mais focada no conforto, como fazem os chineses. Já o isolamento acústico merece elogios por filtrar muito bem os ruídos que costumam ser bem escutados em um carro que não tem o ronco do motor para ocultá-los.

Design e acabamento se destacam

O E-J7 tem um estilo esportivo que agrada muito mais pessoalmente do que nas fotos. Projetado na Itália, o carro segue a receita de um bom cupê de quatro portas. A dianteira tem um visual mais minimalista, enquanto a traseira agrada pelos traços mais expressivos. 

Por dentro, a novidade chama atenção pela enorme tela vertical de 13 polegadas da central multimídia. Além de exibir todas as informações do sistema de entretenimento, ela também controla o funcionamento do ar-condicionado digital e agrupa outras funções. Diferente de outros modelos da JAC, a navegação é mais fácil e intuitiva.

Embora não iguale os alemães de luxo, a cabine tem acabamento com nível de qualidade acima da média dos carros da marca. Os painéis das portas, por exemplo, combinam couro marrom texturizado com um bonito aplique em preto brilhante com detalhes vermelhos.

Os bancos dianteiros são confortáveis e incorporam os encostos de cabeça, sendo que o assento do motorista ainda tem aquecimento. Estranhamente, a coluna de direção traz ajuste apenas de altura.

A JAC diz que a autonomia é de 402 km com base no ciclo chinês, cujo padrão é diferente dos ciclos europeu e norte-americano. Para recarregar as baterias de 50 kWh, a fabricante diz que são necessárias seis horas em uma estação convencional. Se você encontrar um posto de recarga ultrarrápida, o tempo cai para apenas 30 minutos, de acordo com a montadora.

Para quem está procurando um carro elétrico, o E-J7 é uma opção interessante. Além de bonito e espaçoso, ele traz a vantagem de não emitir poluentes pelo mesmo preço dos sedãs de entrada das marcas premium. Só tenha em mente que, em alguns pontos, como a dirigibilidade, o E-J7 ainda está longe dos alemães.

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