JAC inicia venda de caminhão elétrico com PBT de 12,5 toneladas

Novidade interessante para o segmento de transportes de cargas. A JAC iniciou nesta semana a comercialização do E-JT 12,5, seu caminhão médio 100% elétrico que terá capacidade de carga útil de 8,6 toneladas. 

O nome do modelo faz referência ao Peso Bruto Total (PBT) de 12,5 toneladas da novidade. Segundo os responsáveis pela marca chinesa no Brasil, a comercialização do E-JT 12,5 surgiu de uma demanda de consumidores que adquiriram o caminhão de entrada da fabricante, no caso o iEV1200T, porém precisavam também de um veículo com PBT acima das 8,5 toneladas que ele é capaz de transportar. 

O E-JT 12,5 pode ser enquadrado como um VUC e conta com com terceiro eixo e suspensão a ar, o que favorece o transporte de diferentes tipos de cargas. O motorista também é beneficiado com a suspensão pneumática sob seu banco. 

O novo E-JT 12,5 conta com 235 cv de potência e 107,07 kgfm de torque, número que excede com relativa folga a força máxima encontrada em alguns caminhões do mesmo porte do E-JT 12,5, porém com propulsão diesel. 

Uma peculiaridade do E-JT 12,5 é que ele conta com um câmbio de 2 marchas acoplado ao motor elétrico. 

Segundo a JAC explica, a primeira marcha é utilizada apenas para auxiliar o caminhão a sair da imobilidade, contando com redução de 2,77:1. 

Imagem: Divulgação

A iniciativa tem como objetivo garantir arranques sem consumir muita energia elétrica, uma vez que o motor teria torque para impulsionar o E-JT 12,5 sem dificuldade. Próximo aos 30 km/h, a segunda marcha é engrenada automaticamente e oferece relação de 1:1. 

A bateria principal do E-JT 12,5 tem 107 kWh de capacidade e garante autonomia de 150 km ao caminhão quando ele trafega a plena carga. 

A JAC explica que a autonomia aumenta para 180 km com 70% de carga útil e atinge 250 km caso o E-JT 12,5 circule vazio. 

Para efetuar a recarga completa da bateria, o proprietário do caminhão vai dispender um total de R$ 69,55, considerando o custo médio de R$ 0,65 por kWh no estado de São Paulo, o que resulta em um custo de R$ 0,46 por km rodado. 

“Veja agora o que acontece num caminhão médio a diesel no mercado brasileiro: para rodar os mesmos 150 km, ele precisará, no mínimo, de 37,5 litros de combustível. Ao preço médio de R$ 7,13 (valor médio do óleo diesel tipo S10 no país, atualizado até 20 de agosto), essa conta saltará para R$ 267,38, ou R$ 1,78 por km rodado – e isso sem contar a adição de Arla 32. Na prática, observa-se o óbvio: o modelo da JAC economiza R$ 1,32 por km rodado somente no custo de combustível na comparação com os concorrentes movidos a diesel”, apontam os responsáveis pela marca. 

Imagem: Divulgação

O que deve ser ponderado pelo consumidor, entretanto, ainda é o custo elevado dos veículos elétricos, que chega a R$ 699.900 no caso do JAC E-JT 12,5. Por outro lado, ao se tratar de um caminhão não poluente, algumas empresas estão dispostas a arcar com o valor em especial para cumprir com as pautas ESG de governança corporativa. 

“O JAC E-JT 12,5 é a resposta imediata para essa difícil equação. Um caminhão movido a diesel que rode, hoje, 30.000 km por ano, emite cerca de 20 toneladas de CO₂ no período. São cerca de 600 toneladas emitidas por apenas um veículo a diesel em seu período de vida útil, ao redor de 30 anos! A introdução do JAC E-JT 12,5 na frota das empresas vai anular imediatamente essa gigantesca emissão de carbono”, salienta Sergio Habib, presidente do Grupo SHC e da JAC Motors Brasil. 

Por fim, outra vantagem de um veículo 100% elétrico diz respeito ao custo de manutenção. 

Na conta da JAC Motors Brasil, o E-JT 12,5 é capaz de poupar 50% dos gastos de manutenção em relação a um caminhão diesel equivalente, uma vez que não dispõe de itens como embreagem, bicos injetores, bomba de injeção, óleo, filtros, aditivos, correias, etc. 

Ainda segundo a JAC, o E-JT 12,5 precisa de 13 horas em um carregador do tipo wallbox (corrente AC), que libera 7 kWh, para efetuar uma recarga de 20% a 100% de bateria. Equipado com interface CCS2, o caminhão pode receber carga rápida (corrente DC), de até 100 kWh. Nesse caso, a mesma situação de 20-100% será realizada em 55 minutos, durante, por exemplo, a hora do almoço do motorista.

Imagem: Divulgação