Justiça do RJ quer que Chevrolet promova recall no Cobalt

Decisão obriga que montadora repare as pinças de freio do sedã, com suspeita de defeito

Chevrolet Cobalt 1.8 LTZ | Imagem: GM

A 1ª Vara Empresarial da cidade do Rio de Janeiro anunciou nesta quarta-feira, 5, ter concedido liminar à Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa do estado que exige que a General Motors promova um recall no modelo Cobalt.

O sedã, segundo a CDC, apresentaria um defeito nas pinças de freio que podem causar um acidente. A montadora, no entanto, estaria promovendo um reparo paliativo nos veículos que passam por suas concessionárias no País. Em vez de substituir a peça, ainda de acordo com o órgão, a GM tem apliacado graxa ou uma fita adesiva para inibir o problema.

A decisão da Justiça obriga a General Motors a veicular propaganda sobre o defeito além de estipular período e local para ser feito o reparo. Caso a fabricante não cumpra a intimação dentro de 10 dias, arcará com multa diária de R$ 20 mil além de R$ 5 mil por ocorrência de defeito. A General Motors não havia se pronunciado até esta quinta-feira.

Decepa dedo

Caso seja confirmado o recall do Cobalt, não será a primeira vez que uma montadora é obrigada a fazer um chamamento contra sua vontade. A Volkswagen passou por um caso polêmico em 2008 com o modelo Fox. Por um erro de projeto no mecanismo que rebatia o banco traseiro, alguns clientes tiveram o dedo decepado. A empresa negou o defeito no início, mas acabou realizando alterações no sistema e indenizando as vítimas.

Pouco tempo depois, foi a vez de a Fiat lidar com um problema na roda do hatch Stilo que se soltou de alguns modelos em movimento. Mais uma vez, a marca negou que existisse defeito no modelo, porém, teve que aceitar a decisão da Justiça. Mais recentemente, a Toyota enfrentou reclamações sobre o tapete do Corolla, que poderia “acelerar” o carro em certas situações. O modelo chegou a ter a venda proibida em Minas Gerais. Mesmo contrariada, a montadora japonesa realizou modificações no sedã, mas nunca admitiu o problema.

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