Nano, carro mais barato do mundo, é lançado

Veículo da indiana Tata será vendido a partir de abril na Índia em quantidade limitada

Tata Nano, o carro mais barato do mundo | Imagem: Tata

Depois de muita expectativa, a montadora indiana Tata lançou nesta segunda-feira, 23, o Nano, carro que deverá se tornar o mais barato do mundo. Apesar disso, ainda está longe de o modelo tomar o lugar das motos e veículos antigos na Índia. Isso porque o Nano será vendido em quantidade limitada e por um sistema de reservas até que a fábrica desenhada para produzi-lo fique pronta no ano que vem.

A produção do modelo atrasou devido à mudança do local original da fábrica, que foi alvo de protestos violentos de fazendeiros das redondezas. Por enquanto, o Nano será produzido em Pantnagar, numa planta adaptada.

Sistema de reservas

Para tentar organizar a grande demanda esperada para o modelo, a Tata desenhou um sistema de reservas que estarão disponíveis em 30 000 pontos de venda em 1 000 cidades do país. Por meio dele, o cliente pagará uma pequena taxa para entrar na fila pelo veículo que será financiado em 15 bancos locais.

São três versões disponíveis, Standard, CX e LX, mas o preço por elas não foi divulgado ainda. Quando foi anunciado, há dois anos, o Nano tinha uma meta de preço de 100 000 rupias, o equivalente a US$ 2 500. Hoje, com a desvalorização do dólar, esse valor caiu para cerca de US$ 2 000 ou R$ 4 480. A Tata planeja apresentar o Nano em diversos pontos da Índia a partir de 1º de abril. Entre 9 e 25 de abril, as reservas estarão liberadas e dois meses depois, a Tata sorteará os 100 000 clientes que passarão a receber o carro em julho, primeiro mês de entregas.

23,6 km com um litro de gasolina

O Nano indiano é mais simples que a versão planejada para venda no exterior. Ele possui motor 2 cilindros com apenas 35 cv – metade de um motor 1.0 brasileiro – e é capaz de atingir apenas 105 km/h em trechos planos.

Em compensação, o motor é bem econômico: são 23,6 km/l de rendimento. A Tata garante que o Nano obedece às normas europeias de emissão de poluentes. O início da produção na Índia abre caminho para a chegada do veículo em outros mercados, inclusive o Brasil onde a Tata estaria conversando com a Fiat para a produção na região.