Peugeot 3008, o crossover francês
Marca abandona a ideia de uma minivan em favor de um veículo mais versátil. Chance de o modelo chegar ao Brasil é grande
Sempre foi uma situação estranha ver a Citroën vender minivans pelo mundo e a Peugeot, sua irmã, não se arriscar (praticamente) no segmento. Se até hoje isso era uma vantagem da primeira, daqui para a frente, as coisas podem mudar. A Peugeot apresentou nesta quarta-feira (14) o 3008, um crossover equivalente em porte ao Picasso, da Citroën.
O 3008 nada mais é que a versão de produção do conceito Prologue, mostrado há poucos meses em Paris, mas significa a entrada estratégia numa categoria hoje dominada por asiáticos, o dos crossovers, misto de utilitários esportivos com peruas e minivans.
E mais: por chegar numa era em que economia e ecologia pesam muito, o 3008 introduz novos motores a gasolina e a diesel mais limpos e de baixo consumo – dois 1.6 com 150 cv e 120 cv, no primeiro caso, e um 1.6 e um 2.0 no segundo. Na versão a gasolina, só há transmissão manual, de 5 ou 6 marchas. Já a versão a diesel pode ser comprada com câmbio automático.
Tração alternativa
O sistema de tração foge do tradicional ao optar por duas tecnologias mais leves e, aparentemente, eficientes. Na versão mais simples, o modelo utiliza o Grip Control, um controle de tração das rodas dianteiras que pode ser usado em piso molhado e neve. Já na futura versão top Hybrid4, o eixo dianteiro é alimentado pelo motor a combustão e o traseiro, por um motor elétrico.
Apesar do caráter mais robusto, o 3008 não nega a influência das minivans. Os bancos podem ser remanejados em inúmeras configurações, há diversos equipamentos úteis para a família e um belo teto de vidro de 1,60 m de comprimento.
Para facilitar o acesso da bagagem, o Peugeot usa uma tampa dividida no porta-malas, parecida com a do BMW X5. São 512 litros de capacidade padrão – o 3008 só leva 5 passageiros, aliás.
É grande a chance de vermos o 3008 em breve no Brasil. O segmento de crossovers aqui experimenta uma alta ininterrupta e a PSA (holding que controla a Peugeot e a Citroën) está satisfeita com as vendas do C4 Picasso importado. Se essa previsão se confirmar, o crossover pode começar a ser vendido em 2010.