Volkswagen dá os primeiros passos na produção do Golf no Brasil

Já trazido da Alemanha e do México, novo VW Golf vai ser fabricado em solo nacional com direito a motor 1.6 aspirado

Volkswagen Golf na linha de produção de Wolfsburg, na Alemanha | Imagem: Divulgação

A sétima geração do Golf (ou a terceira, para nós) vendida no mercado brasileiro já teve diversas origens diferentes. De início, o hatch médio da Volkswagen era importado da Alemanha, com o mesmo refinamento e equipamentos da versão oferecida aos europeus. Mas há alguns meses, o modelo passou a ser trazido do México, sem pagar impostos de importação e com alguns itens de série retirados, mas pelos mesmos preços. Desta vez, a marca vai produzí-lo no Brasil.

A fábrica de São José dos Pinhais (PR), que comemorou recentemente seus 16 anos, recebeu um investimento de R$ 530 milhões para abrigar a linha de produção do novo Golf, aumentando a capacidade produtiva do local em 20 por cento. O início da fabricação do automóvel na unidade fabril paranaense acontece dois anos após o anúncio do investimento. A primeira carroceria do modelo, inclusive, já foi produzida na fábrica.

De início, a produção do Golf contará com peças trazidas do México, sendo que o índice de nacionalização deve aumentar até atingir 70%. A linha do modelo vai contar com mais de 2 mil funcionários, que vem passando por treinamentos teóricos e práticos desde o ano passado.

A produção do modelo está inserida no conceito global "Think Blue Factory.", que estabelece uma meta para que todas as plantas da marca melhorem em 25% seus indicadores ambientais de consumo de água e energia, de emissão de gás carbônico e de geração de resíduos e solventes até 2018, em comparação a 2010.

Graças a esse conceito, o processo de armação da carroceria do novo Volkswagen Golf no Brasil deve apresentar uma economia de cerca de 30% no consumo de energia elétrica em relação aos equipamentos convencionais, por meio do uso dos novos robôs e pinças de média-frequência.

O novo Volkswagen Golf brasileiro, assim como aconteceu com o mexicano, pode chegar com novidades para os consumidores. A principal delas deve ser uma nova versão de entrada, possivelmente a Trendline, equipada com motor 1.6 litro de 16V e 120 cavalos de potência, o mesmo já encontrado nas versões mais caras dos compactos Gol, Saveiro e Fox, com preço na casa dos R$ 65 mil.

Já os modelos Comfortline e Highline devem trazer o motor 1.4 litro TSI flex. Ainda não se sabe se o GTI vai ser produzido no Brasil, mas como se trata de um modelo de nicho, é provável que continue sendo trazendo da Alemanha.

Além do Golf, a planta de São José dos Pinhais vai ser responsável em breve pela produção do A3 Sedan e da próxima geração do Q3, que também desfrutará da plataforma modular MQB.