Com Fiat liderando e Toyota em 2º, mês de julho é o mais maluco em vendas nos últimos anos
Fábricas paradas fizeram a Chevrolet terminar apenas na 7ª colocação no ranking. Argo, Strada e Mobi dominam lista dos mais vendidos
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Se fosse um campeonato de Fórmula 1, o mercado de veículos novos no Brasil teria passado por uma “corrida na chuva” em julho. Assim como o GP da Hungria, neste final de semana, que terminou de forma pouco previsível, o ranking de emplacamentos experimentou seu mês mais atípico.
A começar pela liderança do Argo, o hatch compacto da Fiat que nunca teve lá muito destaque. A marca italiana, aliás, dominou o “pódio” no mês passado, graças às vendas da Strada e do Mobi, que desbancou o HB20 na reta final.
Somados à Toro e aos Jeep Renegade e Compass, a Stellantis faturou seis dos 10 primeiros lugares. Só quebraram a monotonia o Hyundai, o Kwid, da Renault, e dois modelos da Toyota, a Hilux e o SUV Corolla Cross.
Por falar em Toyota, a montadora japonesa também quebrou a escrita a ser a vice-líder no mercado, com 18,6 mil emplacamentos, à frente da Volkswagen. Como já tem sido comum, o estreante utilitário esportivo teve seu melhor momento até aqui com 5.068 unidades emplacadas, 8º no ranking de julho.
Fábricas paradas
O principal causador da lambança geral responde por “falta de insumos e componentes”. A crise no fornecimento de peças cruciais, sobretudo os chips, têm obrigado muitas fabricantes a interromper a produção. Quanto mais sofisticado é o carro, pior, mas até modelos populares como o Gol e o Voyage, têm sido afetados pelo problema.
Com fábricas paradas e concessionárias vazias, Volkswagen e Chevrolet têm sentido o golpe com mais força. No mês passado, a VW terminou em 3º, com queda de 5 mil carros em relação a junho, e 13 mil unidades se comparado a julho de 2020.
A GM, então, não conseguiu vender mais de 9,4 mil veículos, caindo para 7º lugar, atrás da Renault. Mas vale dizer que até mesmo as marcas da Stellantis andam perdendo fôlego. A Jeep empacou na faixa das 13,5 mil unidades por mês há três meses e até a Fiat apresentou uma ligeira queda em relação a junho, terminando o mês com 43,7 mil unidades emplacadas.
Vale dizer que a Ford, dona da própria crise, foi somente a 13ª marca mais vendida do Brasil em julho. Foi salva pela recuperação da Ranger, caso contrário poderia ter sido superada por Mitsubishi e até a BMW.
Ao contrário da F1, a “previsão de tempo” para os próximos meses será de “mais chuva”.
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