Importação de veículos cresce 43% e atinge US$ 2.2 bi no 1º semestre de 2023

Setor registra crescimento significativo impulsionado por importações da China e México
veículos importados

veículos importados | Imagem: Divulgação

A importação de veículos de passageiros registrou um crescimento significativo no primeiro semestre de 2023 e atingiu a marca de US$ 2.2 bilhões, representando um aumento expressivo de US$ 677 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior. É o que revelam dados da Secretaria de Comércio Exterior mapeados pela Vixtra, fintech de comércio exterior. Com o crescimento recorde, o setor automotivo tornou-se o produto com o maior crescimento absoluto neste ano, evidenciando sua importância para a economia.

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Em termos percentuais, o crescimento foi de 43% na importação de veículos, impulsionado principalmente por países como Argentina, China e México, que juntos representam quase 70% das importações para o Brasil. A Argentina lidera a lista com 44,9%, seguida pela China e México, ambos com 11,2%. Em relação ao mesmo período do ano passado, todos os três países registraram aumento, com destaque para os chineses e mexicanos, que saltaram de US$ 42,9 e US$ 74 milhões respectivamente para US$ 251 milhões.

Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, destaca o papel fundamental da importação de veículos no crescimento econômico local. “Essa alta demonstra um mercado aquecido para esses produtos. Após um recuo durante a pandemia, as importações vêm se recuperando nos últimos meses, registrando sucessivos crescimentos”, explica.

“Fatores como a diversificação de modelos e a competitividade de preços proporcionada pelos países exportadores contribuem com esse crescimento. Mas há benefícios para a economia local, como maior arrecadação de tributos e estímulo ao consumo, sobretudo em um momento que o governo vem promovendo algumas mudanças buscando estimular o aumento de consumo no setor automotivo”, prossegue.

Baltieri também ressalta a contribuição significativa da China, que saiu do terceiro lugar para dividir a segunda posição com o México. “A China é o principal parceiro comercial brasileiro. Então, essa ascensão é até natural e deve seguir crescendo pelos próximos anos, tanto no setor de importação de automóveis, bem como em outros mercados”, diz ele.

Vale lembrar que o mercado nacional enfrentou algumas dificuldades no decorrer dos últimos meses, o que acabou elevando o custo dos produtos. Em razão disso, o setor automobilístico passou a receber uma atenção maior do governo, que busca estimular o consumo e reduzir custos dos produtos. Recentemente, o governo federal liberou, em duas parcelas, um valor total de R$ 800 milhões para subsidiar os custos de alguns carros de entrada no mercado nacional. Além disso, também foram anunciados cerca de R$ 1 bilhão para incentivar a troca de ônibus e caminhões com mais de 20 anos de uso.

“O aumento das importações de veículos automóveis de passageiros é positivo para o país, na medida em que reforça uma demanda aquecida do setor pelo produto e estimula a competitividade. As importações, certamente, seguirão em crescimento pelos próximos anos. Todavia, é preciso cautela e atenção a esse mercado. A diversificação de parceiros pode ser uma opção para o Brasil seguir importando e reduzir a exposição a possíveis riscos”, conclui.

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