Retocado, Fiat Linea 2015 chega ao mercado a partir de R$ 55.850

Sedã médio ganha frente e traseira com mudanças, além de painel parecido com o do Punto. Meta é ganhar tempo até a chegada do sucessor em 2016

Fiat Linea Absolute 2015 | Imagem: Divulgação

Calcanhar de aquiles da Fiat, o segmento de carros médios não dá notícias boas para a fabricante italiana desde o Tipo, lançado no início da década de 90. O tabu segue até hoje, com Bravo e Linea fazendo um discreto em suas respectivas categorias. Este último sofre até mais e estava na penumbra desde seu lançamento, em 2008.

Somente agora, em 2014, o sedã médio ganhou um tapa no visual, para ter uma sobrevida enquanto o sucessor, supostamente uma versão nacional do Fiat Viaggio vendido na China, chegue ao mercado provavelmente em 2016.

Por isso, as mudanças foram leves: frente com nova grade e para-choque, traseira também com para-choque redesenhado e uma tampa do porta-malas com uma régua cromada. A melhor mudança está no interior, com a adoção do mesmo painel do Punto reestilizado – os dois compartilham vários componentes, mas o hatch está numa categoria abaixo, a de compactos premium.

Central multimídia Mopar

A Fiat também mudou a padronagem dos bancos e incluiu até um acabamento parcialmente revestido em couro com tonalidades beges. O Linea também traz recursos novos como seta repetidora automática (batizada de ‘Lane Change’), sistema de frenagem de emergência e, como acessório, uma central multimídia fornecida pela Mopar (divisão da Chrysler), que já oferecida na Strada 2014.

Desta vez, a Fiat foi comedida na tabela de preços. A versão de entrada, Essence manual, custa R$ 55.850. Há também o Essence Dualogic, por R$ 59.240, e o top de linha Absolute, por R$ 66.540 e vendido apenas com câmbio automatizado – o motor é o 1.8 16V E.torQ, de 132 cavalos (etanol). “No lançamento do Linea, em 2008, erramos na definição dos preços”, confessou Lelio Ramos, diretor de vendas da marca.

Na época, a Fiat apostou alto no sucesso do modelo e mirou como concorrentes o Corolla e o Civic. A estratégia deu errado, é claro, e logo a montadora foi obrigada a reduzir os preços e criar versões mais simples voltadas para frotistas para viabilizar suas vendas. Quem sabe o sucessor do Linea acabe com esse tabu e encare de igual para igual dos sedãs japoneses.