Assim como Onix, Ka reforça estrutura e melhora na avaliação do Latin NCAP

Resultado, no entanto, está aquém do modelo europeu, diz instituto de segurança
Ponto fraco no primeiro teste, proteção lateral recebeu reforço

Ponto fraco no primeiro teste, proteção lateral recebeu reforço | Imagem: Latin NCAP

Embora sem reflexos claros nas vendas, a fama de insegurança atribuída pelo instituto de segurança veicular Latin NCAP a alguns modelos comercializados no Brasil tem feito as montadoras reagirem e melhorarem esses produtos.

Curiosamente, dois dos veículos mais vendidos do país, o Onix e o Ka, estavam entre os mais mal avaliados em segurança para adultos pelo instituto. A Chevrolet, no entanto, decidiu reforçar a estrutura do modelo e oferecê-lo para um novo teste de impacto em janeiro. O resultado foi bem superior ao primeiro em que o hatch havia zerado na pontuação. Desde então, o Onix passou a ter três estrelas nessa categoria, ainda um dado razoável.

Agora foi a vez da Ford promover alterações semelhantes no Ka, que chegou à linha 2019 em agosto com novidades visuais e mecânicas. Assim como seu rival, ele recebeu reforços no pilar B (atrás da fileira dianteira) e a adição de elementos de absorção de energia nas portas, tudo para melhorar a proteção em impactos laterais, ponto fraco de ambos.

A modificação surtiu efeito e o Ka também passou a ter três estrelas no teste para adulto em resultado divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Latin NCAP – na proteção infantil ele cravou quatro estrelas.

Legislação frouxa

“É alentador encontrar mais modelos compactos com melhoras como o Ka, contudo, seu rendimento de segurança básico está ainda por baixo da versão europeia. É alarmante comprovar como fabricantes globais de veículos, como a Hyundai, continuam a vender carros zero estrela na América Latina, enquanto oferecem veículos cinco estrelas em modelos similares na Europa”, constata Alejandro Furas, secretário geral do órgão independente.

Os resultados decepcionantes obtidos por muitos veículos produzidos no Brasil são causados por uma combinação de fatores como economia de custos, falta de esclarecimento do consumidor e, sobretudo, uma legislação frouxa que permite que os automóveis no país possam ser vendidos com estruturas de baixa resistência a impactos e a ausência de itens de segurança como o ESP, o conhecido controle de estabilidade, que já é equipamento obrigatório em muito países.

Diante disso, o discurso de montadoras expostas a esses testes vexatórios é uníssono: “atendemos o que exige o governo brasileiro”. Desta vez, no entanto, a Ford se saiu como uma nova interpretação dessa máxima: “A Ford sempre atendeu ou superou todos os requisitos legais de segurança com seus veículos, em sintonia com as necessidades dos consumidores”, garantiu Alex Machado, diretor de Desenvolvimento do Produto da Ford América do Sul. Ela não está mentindo e isso é justamente o mais grave nessa história.

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