Chip de identificação veicular começa a funcionar a partir de janeiro

Sistema ajudará na fiscalização e no controle do tráfego das vias públicas

Pórtico do sistema Ponto a Ponto | Imagem: Divulgação

A partir de janeiro de 2013 começa a funcionar o sistema de identificação de automóveis, conhecido também pela sigla SINIAV (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos). O objetivo é ajudar na fiscalização das vias públicas e no controle do tráfego, além de possibilitar a implantação de vários serviços.

Essa nova tecnologia tem como base o uso de chip instalado no para-brisa dos veículos, que armazenarão dados como a placa e o ano do carro, e pela instalação de antenas de radiofrequência em pontos estratégicos.

Sempre que o veículo passar por essas antenas, as informações serão captadas e enviadas para as centrais de processamento, que verificarão a situação do automóvel. Lá os dados serão analisados e será possível verificar, inclusive, se o licenciamento anual está em dia e se há alguma multa que não foi quitada.

De acordo com Roberto Craveiro, coordenador geral de Informatização e Estatística do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o sistema é baseado em dois princípios básicos: respeito à privacidade e segurança do cidadão e identificação de carros irregulares que possam de alguma forma colocar em risco o trânsito e a segurança pública.

Por esse motivo, Craveiro fez questão de destacar que informações pessoais do motorista não serão armazenadas no chip. “Há sigilo dos dados. Essas informações são controladas e sua violação é crime”, ressaltou.

Entre as vantagens que essa nova tecnologia trará estão a possibilidade de localizar veículos roubados, mapear o tráfego nas principais vias e até de liberar automaticamente as cancelas em pedágios, evitando filas de espera e possíveis congestionamentos. Além disso, vale destacar que o sistema será capaz ainda de verificar a velocidade média e a circulação indevida de automóveis em locais e horários proibidos em dias de rodizio.

A instalação dos chips ficará a cargo dos Detrans de cada Estado, que deve associá-los ao vidro do para-brisa nos veículos novos no momento do emplacamento. Os carros que já estão em circulação também terão o sistema e, para isso, os proprietários deverão procurar o departamento de transito de sua região para efetuar a instalação.