Conheça a corrida Global RallyCross

Evento norte-americano, que mistura rali com provas em circuitos diminutos, teve etapa realizada no Brasil pela primeira vez

Tanner Foust voando alto | Imagem: ESPN

Quem nunca assistiu a uma corrida do Global RallyCross talvez não consiga imaginar como o Ford Fiesta ST, Volkswagen Polo, Mitsubishi Lancer EVO, Dodge Dart, Peugeot 207 e Citroën C4 preparados para render mais de 600 cv e ir de zero a 100 km/h em menos de dois segundos conseguem suportar saltos de mais de 20 metros.

Esse é o RallyCross, uma competição que começou em 1967, com provas de pilotos de rali em um circuito fechado, mas que só se tornou popular quando entrou na programação do X Games, ao lado de provas de esqui, snowboard, motocross, skate e BMX. E a grande novidade é que a temporada 2013 terá diversas etapas internacionais que começaram pelo Brasil há 10 dias, na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná.

Nomes como o megacampeão Travis Pastrana e o “rei do Youtube” Ken Block (quem não viu o Gymkhana?), além do atual campeão Tanner Foust, que é apresentador do Top Gear americano, estiveram na cidade paranaense. Para nós, brasileiros, a grande novidade foi a equipe brasileira que disputará todo o campeonato com os pilotos Nelson Piquet Jr. alternando com Guiga Spinelli a bordo de um Mitsubishi Lancer EVO - na etapa brasileira ainda tivemos a presença dos brasileiros Eduardo Marques e Maurício Neves com um Peugeot 207.

Entenda o Global RallyCross

A competição começa com a classificação que dura uma hora e é dividida em sessões de 10 minutos e pequenos grupos de carros. Quem se classifica participa dos Heats, que são como semi-finais. Neles, quatro carros disputam seis voltas e o melhor ganha um ponto no campeonato.

Os dois mais bem colocados vão para a final e podem preparar seus carros enquanto outros concorrentes estão disputando os Heats. Quem não se classificar nessa fase ainda tem mais uma chance, uma repescagem, onde os dois melhores classificados completam o grid de 10 carros da final.

Cada circuito do campeonato tem dois traçados, o principal e o “Joker Lap”, que é um caminho mais curto que pode ser usado pelos pilotos apenas uma vez durante a corrida. Além deles, há o Penalty Box, um caminho externo onde os pilotos punidos são obrigados a parar e relargar.

A pontuação do RallyCross começa com 20 pontos para o vencedor, 17 para o 2º colocado, 15 para o 3º e vai até o 16º colocado, que recebe um ponto. Há também pontos de bonificação na classificação e uma pontuação específica para os dois primeiros carros por marca, para o campeonato de construtores.

Os carros do Global RallyCross são modelos de produção que recebem melhorias no motor, chassi e outros adendos de segurança. Eles podem atingir até 600 cv de potência e aceleram de 0 a 100 km/h em 1,9 segundos. Além disso, suportam saltos de até 70 metros e o contato com outros carros. Não há controle de tração, por exemplo. As marcas Ford, Dodge e Subaru têm equipes oficiais nessa temporada. A próxima etapa ocorrerá entre os dias 16 e 19 de maio em Barcelona, na Espanha.

Veja como foi a final do RallyCross: