Karmann-Ghia com motor de Audi é o melhor de dois mundos; veja vídeo

Clássico estiloso da VW recebe motor 1.8 turbo do A3, que rende 150 cv e funciona com câmbio automático

A Volkswagen tem uma história bastante longa no Brasil. Ela começou ainda na década de 50 quando Kombi e Fusca chegavam ao Brasil e eram montados em um regime chamado CKD. Logo a versatilidade e custo baixo de manutenção acabou agradando os consumidores e a produção local viria em 1959. 

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Nessa mesma linha de modelos surgiu o charmoso Karmann-Ghia. Reunindo um estilo jovem e bastante harmônico com linhas que se tornaram clássicas o modelo passou a ser vendido por aqui dos anos 60 e logo fez fama de "esportivo", mesmo com um motor de 1.200 cm³ de cilindrada.

Mas logicamente quando falamos de veículos antigos temos que analisar o contexto da época. Com passar dos anos ele passou por alguns aprimoramentos e também aumento de cilindrada, com 1.500 cm³ e, finalmente, 1.600 cm³, em 1970. Nesse sentido muitos jovens já faziam uma preparação mecânica para extrair preciosos cavalos extras desses motores.

Clássico da VW ganhou bastante fôlego

E sempre existem os projetos que, como dizem, estão fora da curva. Este é o caso do exemplar desta matéria que tivemos a oportunidade de conhecer de perto e dar uma breve acelerada pelas ruas. Inicialmente chama a atenção a cor preta da carroceria, que na época era uma exclusividade da Dacon, além das rodas de 17 polegadas.

Porém o maior diferencial deste veículo foi realmente a colocação do motor central. Não apenas o propulsor mas o trem de força cedido por um Audi A3 com 1,8 litro, turbo e aproximadamente 150 cv. A ideia de fazer um projeto com mecânica entre-eixos fez com que a distribuição de peso ficasse bem interessante.

Falando do interior também todo o acabamento do Audi foi transplantado para o modelo da Volkswagen. Isso incluiu os bancos, que estão sem os encostos de cabeça, laterais de porta e o painel. Sem dúvida algo bastante inusitado.

Interessante, vale ressaltar, é uma boa palavra para definir as impressões ao volante. Partindo de um carro leve o motor mais moderno empurra o Karmann-Ghia com facilidade. O único senão fica para a escolha do câmbio automático que, com apenas quatro marchas na época, acabou sendo um pouco conservador demais na tocada. Mas o projeto como um todo merece aplausos. Até semana que vem!

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