Karmann-Ghia quer voltar a produzir no Brasil

Concurso universitário de design promovido pela marca elege esportivo de luxo que pode ser fabricado no País

Projeto vencedor do Concurso Universitário Karmann-Ghia de Design | Imagem: Divulgação

Dona de um dos modelos mais conhecidos da década de 60, a Karmann-Ghia virou coadjuvante por muito tempo a ponto de a notícia mais significativa ter sido a fabricação de unidades do jipe britânico Defender. Agora, a montadora, instalada no ABC paulista, quer voltar aos holofotes.

A empresa buscava um projeto de carro esportivo de luxo que pudesse ser fabricado por ela no País. Para tanto, uniu o útil ao agradável com a realização do Concurso Universitário Karmann-Ghia de Design. Segundo a marca, este foi o primeiro passo de uma estratégia que inclui investimentos de U$$ 30 milhões para mudanças na infraestrutura da fábrica e aquisição de novos maquinários.

O desenho que mais agradou a montadora foi o simpático projeto da dupla paranaense Felipe Mazzeo e Rodrigo Scarpetta, que apresentou um modelo com linhas inspiradas no Karmann-Ghia Coupê, fabricado de 1962 até 1972.

Na dianteira, os faróis em LED criam uma expressão interessante para o carrinho, enquanto na traseira lanternas mais estreitas acompanham as linhas do cupê dando um aspecto mais moderno para o projeto. No interior, o painel mistura o clássico com o moderno utilizando apliques de madeira e tecnologias como uma enorme tela de LCD. Os paraenses vencedores do concurso ainda foram premiados com R$ 100 mil.

O concurso foi idealizado pelo Dr. Jonas Hipólito de Assis, Presidente do Grupo ILP Industrial, controlador da Karmann-Ghia, com a intensão de aproximar a marca da nova geração.

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O melhor de tudo é que o carro tem chances efetivas de chegar às ruas, desde que haja um parceiro disposto a investir, explica Assis. “A partir de agora começamos uma nova etapa. Vamos aperfeiçoar a proposta vencedora e avaliar sua viabilidade econômica, além de dialogar com nossos clientes e parceiros. Para tirar este projeto do papel a Karmann-Ghia precisa de um parceiro”, conclui.