Land Rover nacional será modelo inédito

As especulações a respeito da futura fábrica brasileira da Land Rover estão crescendo à medida que se aproxima o anúncio oficial da marca inglesa. As maiores apostas indicam que a unidade será construída em Itatiaia, região serrana do Rio de Janeiro e que fica ao lado das fábricas da PSA e da Nissan. Mas há quem aposte que São Paulo reverterá o quadro ainda – os dois estados são os favoritos para receber o investimento.

A decisão deve ser divulgada em dezembro, mas não no dia 3, como fontes no governo fluminense disseram à agência Reuters. “Tudo será esclarecido ainda em 2013”, revelou ao AUTOO um executivo da montadora.

Caso o investimento seja confirmado (o que é praticamente certo), a novidade será o modelo que estreará a linha de montagem nacional. Ao contrário das especulações, não deverá ser o Evoque, o crossover de luxo que é, de longe, o produto mais vendido da Land Rover no Brasil. Ele é caro e muito complexo para ser produzido no País, explicou outra fonte ao portal.

Baby Evoque

Se tudo correr como planejado, o Brasil fabricará um modelo inédito no mundo, que deve ser o veículo de entrada da marca com preço em torno de R$ 100 mil, valor onde há volume para justificar uma linha de montagem nacional.

Hoje não existe nenhum modelo nessa faixa de preço: o Freelander custa a partir de R$ 150 mil e deve mudar de geração no ano que vem, tornando-se um pouco mais caro e sofisticado.

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Uma hipótese é que o suposto modelo brasileiro seja uma espécie de “baby” Evoque, menor, mais simples e barato. Esse projeto existe, como revelou recentemente o designer-chefe da Land Rover, Gerry McGovern: “teremos modelos menores e mais leves”. Na Europa, comenta-se que o veículo custará em torno de 22 mil euros, algo como R$ 65 mil, sem contar os impostos. A expectativa é que o “Baby Evoque” seja lançado em 2016, o que está em linha com a construção da fábrica no Brasil.

Menos provável, mas dentro do que se imagina para um veículo feito no Brasil, seria a segunda geração do jipão Defender, outro que deve ser lançado nos próximos anos. Apesar de ser bem mais avançada que o atual modelo, a nova geração seria um veículo simples de fabricar: “não podemos pensar num produto complexo cuja tecnologia seja cara e inexistente no Brasil”, explica a fonte na empresa.

A Land Rover, no entanto, sabe que os mercados emergentes como o Brasil são a chave para o crescimento nos próximos anos. Embora a marca esteja em franca expansão, ignorar o potencial do nosso mercado certamente é um erro que terá reflexos no futuro e isso não parece fazer parte dos planos dos ingleses e indianos.