Mille desbanca QQ e retoma título de mais barato do Brasil

Pelado, compacto da Fiat parte de R$ 23.490, enquanto chinês, completo, sai por R$ 23.990

Fiat Mille Economy | Imagem: Fiat

A extensa lista de equipamentos continua lá, mas o título de carro mais barato do Brasil, o chinês QQ perdeu. Com o reajuste de R$ 1.000 sofrido nesta semana, o subcompacto da Chery devolveu o posto ao Fiat Mille, por muitos anos detentor da façanha e que hoje parte de R$ 23.490. 

A diferença entre os dois, no entanto, é bem mais ampla do que os R$ 500 de diferença entre suas etiquetas. Enquanto a Fiat diz que o Mille traz de série itens que na verdade são essenciais na construção de qualquer automóvel decente – como alça de segurança dianteira do lado do passageiro, apoios de cabeça dianteiros com regulagem de altura (o traseiro, acredite, é opcional), assoalho em carpete, banco traseiro rebatível, bancos dianteiros reclináveis, hodômetro digital (total e parcial), indicador gradual do nível de combustível e inibidor de marcha à ré –, a Chery equipa o QQ com direção hidráulica, ar-condicionado, CD player com MP3 e entrada USB, alarme, vidros, travas e retrovisores elétricos; acionamento interno para abertura do tanque de combustível e do porta-malas, ajuste de altura do banco do motorista, travamento das portas à distância, fechamento automático dos vidros, ABS e airbag. Limpador e desembaçador do vidro traseiro, ao contrário do Mille, também são de série.

Mas o Mille dá o troco com mais espaço interno (tem 2,36 m de entreeixos e 1,54 m de largura, contra 2,34 m e 1,49 m do chinês, respectivamente) e um porta-malas de 290 litros sensivelmente maior do que o de 190 litros do QQ. Sem falar na qualidade de construção, que embora seja simples, é bem superior à do chinês. A dirigibilidade do Mille também é mais agradável: além de andar mais, o compacto mineiro é bem mais firme e seguro nas curvas, que devem ser feitas com cuidado redobrado ao volante do QQ, como mostramos em uma recente avaliação. E o motor 1.0 8V de 66 cv do Mille é bicombustível, enquanto o (bom) 1.1 16V do QQ bebe só gasolina. Outra grande vantagem do proprietário do modelo brasileiro é contar com uma rede de concessionárias infinitamente mais numerosa.