Proteste analisa 200 apólices de seguro no país; confira recomendações

Instituição detalha os pontos onde os consumidores precisam ficar atentos
Acidente

Acidente | Imagem: Reprodução internet

A Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) divulgou nesta semana uma interessante análise envolvendo o mercado de seguros automotivos, inclusive recomendando alguns pontos em que os consumidores precisam ficar atentos antes de contratar o serviço.

Para realizar sua pesquisa, a Proteste enviou questionários para as maiores seguradoras do ramo de seguro automotivo, porém, detalha a Proteste, apenas Sompo, Mapfre, HDI, Bradesco, Liberty, Tokio Marine e SulAmérica responderam os questionamentos. No total, foram analisadas dez seguradoras e 200 apólices.

A Proteste explica que traçou quatro perfis, em cinco capitais, para efetuar a análise. Por exemplo, um motorista carioca, de 50 anos, casado, que tem 13 anos de habilitação e usa, diariamente, seu Onix Hatch Joy (2019, quatro portas e bicombustível) pode poupar até R$ 4.522,65 no seguro do carro. Isso se optar pela Bradesco (R$ 1.855,15), uma das indicações da Proteste, em vez da Tokio Marine (R$ 6.377,80), a mais cara da pesquisa.

Vale ressaltar que tanto as características do veículo como as do condutor têm influência sobre o valor do seguro. E mais: cada seguradora possui um método de cálculo e de análise do risco. Para modelos mais antigos, esportivos e que tendem a ser mais roubados (como os de quatro portas), o seguro sai por um preço mais salgado. E as seguradoras levam em conta também as estatísticas de roubos, furtos e acidentes de cada região.

Além disso, mulheres costumam pagar menos, enquanto homens, entre 18 e 25 anos, arcam com seguros mais caros. E quanto mais tempo de carteira tiver o condutor, mais em conta será o seguro, desde que não se possua um histórico com muitos acidentes.

Para evitar surpresas desagradáveis, leia o contrato atentamente na hora de fechar o negócio, recomenda a Proteste. Isso porque a lista de exclusões de cobertura das seguradoras ainda continua grande. Na análise da Associação, quase todas as seguradoras foram mal avaliadas, com exceção da Bradesco e da SulAmérica, que se mostraram aceitáveis. Enquanto algumas cobrem os riscos de danos à pintura e aos pneus do veículo, por exemplo, outras os excluem, não dando nem a opção da contratação de forma alternativa.

No que se refere à franquia, as seguradoras também decepcionaram. Essa participação financeira do consumidor no prejuízo não pode ser cobrada nos sinistros de indenização integral e resultantes de incêndio, queda de raio ou explosão, detalha a Proteste.

Nesse critério, todas as seguradoras se saíram mal, porque cobram franquia em casos de prejuízos parciais (decorrentes de choque, colisão, capotamento, furto ou roubo, entre outros) e fenômenos da natureza (exceto a HDI que não cobra participação nos sinistros decorrentes desses fenômenos), exigindo também participação acima de R$ 1,5 mil. Além disso, preste atenção no contrato, porque algumas seguradoras podem oferecer diferenciais, como é o caso da SulAmérica no produto Auto Mulher, que garante a isenção da franquia no primeiro sinistro. A Proteste detalha ainda que a política de bônus continua não sendo clara para o consumidor.

Trata-se do desconto na renovação do contrato, caso o segurado não tenha cometido nenhum sinistro na vigência da apólice. Em geral, apenas a assistência 24h, se acionada, não reduz a classe de bônus. A Porto Seguro e a Sompo foram consideradas muito ruins, porque não trazem o mínimo de informações desejáveis, como prazo mínimo de renovação sem redução da classe, que é de 60 dias nas demais seguradoras. Por isso, salienta a Proteste, é importante informar ao corretor a sua classe de bônus.

Você também tem direito ao pagamento de indenização integral quando os prejuízos de um mesmo sinistro superam 75% da importância contratada para cobrir o veículo, explica a Proteste. Todas as seguradoras cumprem o prazo máximo legal para o pagamento (30 dias). A SulAmérica se destacou como "muito boa", por ser a única a registrar o prazo mínimo (cinco dias úteis) para a indenização.

As outras seguradoras receberam conceito "aceitável" por trazerem apenas o prazo máximo. Se os prazos forem desrespeitados, o valor da indenização deve ser acrescido de juros e correção monetária. E saiba que as seguradoras oferecem cobertura para seu carro em todo território nacional, além de a Azul, HDI e Tokio Marine disponibilizarem proteção nos países do Mercosul e no Chile.

Na escolha da oficina, todas as seguradoras oferecem uma rede credenciada e não impedem que você opte por uma oficina de sua preferência. Da mesma forma, todas se saíram bem na assistência 24h, com destaque para a Allianz, que traz alto limite de quilometragem, diária acima de R$ 150,00 e serviço gratuito de carro reserva.

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