Venda de carro a prazo sobe 7,9% em 2011

Medidas restritivas adotadas pelo Banco Central em 2010 influenciaram o resultado

Uno Attractive 2P | Imagem: divulgação

A ANEFAssociação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras – divulgou o balanço dos financiamentos de automóveis em 2011. De acordo com a entidade, a venda de carros a prazo cresceu 7,9% em relação a 2010, volume considerado por ela discreto se comparado à alta de 19,9% do ano anterior.

Segundo a associação, o crescimento em menor escala foi causado pelo impacto das medidas restritivas adotadas pelo Banco Central desde o final de 2010 e, embora o BC tenha abrandado essas normas em novembro do ano passado, não foi possível retomar ritmo do ano anterior.

Entre as modalidades mais escolhidas pelos consumidores, destaque para a opção do CDC (crédito direto ao consumidor), que representou 50% da preferência dos compradores. Logo em seguida aparece a compra a vista, com 38% do total de vendas, o consórcio foi o terceiro com 7% e o leasing fechou o ano em quarto, acumulando queda de 39,3% em relação a 2010 e conseguindo apenas 5% do mercado em 2011.

Para 2012 a ANEF prevê crescimento mais contido, com índices praticamente iguais aos do ano passado.

Leia também: Mesmo em queda, importadoras não desistem do Brasil

"Ainda é cedo para afirmar que teremos uma mudança de cenário nos primeiros meses de 2012, de modo que as projeções para o ano mantêm-se, por enquanto, no patamar de 8% a 10% de crescimento", afirma Décio Carbonari de Almeida, presidente da ANEF.

Inadimplência em destaque

De acordo com a entidade, a inadimplência no CDC chegou na casa dos 5%, acumulando alta de 2,5 pontos percentuais em comparação a 2010. Embora tenha crescido acima das expectativas, a associação considera o cenário controlado.

Veja também: os 20 carros importados mais vendidos de 2011

“O consumidor nem sempre está suficientemente bem informado antes de assumir um financiamento, esquecendo-se de que o veículo acarreta outras despesas além da prestação mensal, tais como IPVA, combustível, pedágio e custos com manutenção periódica”, afirma Carbonari.