Venda de carros e comerciais leves cresce 13,7% em 2018
Setor consolida recuperação e trabalha com boa perspectiva para 2019
A Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos de todo o Brasil, divulgou nesta quinta-feira (3) os dados consolidados de vendas para todo o setor automotivo do país relativo ao ano passado.
A boa notícia é que os dados de 2018 superaram as expectativas da própria Fenabrave como o presidente da Federação, Alarico Assumpção Júnior, destaca: "iniciamos 2018 com uma expectativa de alta mais moderada, porém, em função da melhora mais acentuada da economia e da confiança do consumidor e investidores ao longo do ano, o desempenho do setor automotivo foi melhor do que o esperado. Mesmo com acontecimentos negativos, como a greve dos caminhoneiros, em maio, e a indefinição política – no período pré-eleitoral, o mercado continuou em ritmo de alta", declarou o presidente da Fenabrave em comunicado.
Os emplacamentos de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos) apresentaram alta acumulada de 13,58% em 2018, somando 3.653.500 unidades, ante as 3.216.730 registradas em 2017.
Especificamente na soma dos segmentos de automóveis e comerciais leves, foi registrada crescimento de 13,74% no acumulado de 2018 sobre 2017. Ao todo, foram emplacadas 2.470.654 unidades desses segmentos, em 2018, contra 2.172.192, em 2017. Já no mês de dezembro de 2018, as 225.001 unidades licenciadas representaram crescimento de 1,67%, se comparadas ao mês de novembro, que registrou 221.304 unidades emplacadas.
Com relação a dezembro de 2017, os 204.823 automóveis e comerciais leves comercializados representaram avanço de 9,85%. Segundo o presidente da Fenabrave, alguns fatores influenciaram, diretamente, no resultado desse mercado: "A queda da taxa de juros e a redução da inadimplência geraram uma maior oferta de crédito, impulsionando, assim, a venda de automóveis e comerciais leves", explicou Assumpção Júnior.
Para o segmento de caminhões, o vice-presidente da Fenabrave para o segmento, Sérgio Zonta, avaliou, positivamente, o fechamento do ano de 2018, que totalizou 76.431 unidades emplacadas, o que significa uma alta de 46,79% sobre o ano de 2017. Para o segmento de motocicletas, o vice-presidente da federação para o segmento, Carlos Porto, disse que após os últimos 10 anos de queda do segmento de motos, 2018 foi o ano da retomada, com crescimento de 10,47% no acumulado até dezembro, totalizando 940.362 unidades emplacadas.
Os setores de Tratores e Colheitadeiras também apresentaram avanço em 2018. Segundo o vice-presidente da Fenabrave para o segmento, Marcelo Nogueira, estes segmentos vêm, nos últimos anos, apresentando uma melhora gradativa e consistente, mesmo nos anos de crise. Para Nogueira, o destaque ficou por conta dos produtos com alta tecnologia embarcada, como agricultura de precisão e conectividade, pontos que trazem redução de custos e aumento contínuo de produtividade", concluiu.
Projeções para 2019
Com expectativas ainda moderadas, a Fenabrave acredita na manutenção do clima favorável às vendas, para todos os segmentos automotivos, em 2019.
De acordo com as projeções da entidade, o setor em geral deverá apresentar crescimento de 10,1% com relação a 2018. “Tudo dependerá dos rumos a serem dados pelo novo governo de Jair Bolsonaro, como a aprovação das reformas necessárias, mas, a sinalização, nesses primeiros dias do ano, já se mostra positiva, com uma agenda de intenso trabalho, proposta para os primeiros 100 dias”, declarou Alarico Assumpção Júnior.
Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa da Fenabrave é de alta de 11% sobre os resultados de 2018.
Já para caminhões e ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 15,9%, sendo 15,4% para caminhões e 17,9% para ônibus.
Para implementos rodoviários, a expectativa é crescer 8,8% em 2019.
O segmento de motocicletas, que vinha sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, e encerrou 2018 com aumento de 10,47%, poderá apresentar alta estimada em 7,3% em 2019.
Para tratores, a previsão é de alta de 1,15% e, para colheitadeiras, a estimativa de crescimento é de 1,85%.