A partir de R$ 37 mil: bem equipado, sedã Hyundai HB20S usado é bom negócio

Lançado no início de 2013, o sedã Hyundai HB20S chegou ao mercado inicialmente nas versões Comfort Plus e Comfort Style, com motor tricilíndrico 1.0 12V de 80/75 cv associado ao câmbio manual de seis marchas e com propulsor de quatro cilindros, 1.6 16V de 128/122 cv, também com transmissão manual de seis velocidades. 

Além dessas, há ainda a topo de linha Premium, ofertada só com o mesmo motor 1.6, porém com câmbio automático de quatro marchas.

Com 33 cm a mais (4,23 m) no comprimento em relação à versão hatch (3,90 cm), o sedã tem a vantagem do porta-malas com capacidade para 150 litros a mais (450 litros do HB20S contra 300 litros do HB20). Portanto, se você deseja um sedã compacto, mas com bom espaço para bagagens, ele é ideal. O espaço interno para pessoas com mais de 1,70 m de altura, por outro lado, deixa um pouco a desejar.

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Na lista de equipamentos, desde a mais básica, é possível encontrar ar-condicionado, direção hidráulica, dois airbags (motorista e passageiro), travas e vidros elétricos, sistema de áudio com MP3, USB, Bluetooth e comandos no volante, entre outros itens.

No final de 2015, a linha ganhou uma leve reestilização, mais evidenciada na parte frontal com nova grade e para-choque, além da opção com propulsor 1.6 que ganhou câmbio automático de seis marchas. Além disso, a versão Premium automática passou a contar com o opcional dos revestimentos dos bancos, portas e volante em couro.

Imagem: Divulgação

Para a linha 2016, o motor 1.0 de três cilindros 1.0 ganhou a opção do turbo (105/98 cv) para as versões Comfort Plus e Comfort Style. No entanto, a maior novidade viria em 2019, com a chegada da segunda geração, com clara inspiração no irmão maior, Elantra. 

Com essas mudanças, o HB20S ganhou 3 cm no comprimento (4,26 m), 2 cm no entre-eixos (2,53 cm) e 2 cm na largura (1,72 m). Em contrapartida, a altura permaneceu com 1,47 m.

Em 2021, as mudanças se resumiram ao propulsor 1.6 que foi substituído pelo 1.0 turbo e a versão topo de linha Premium passou a se chamar Platinum. No ano de 2023, a linha ganhou outra reestilização para se manter entre os preferidos no segmento de sedãs compactos.

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Pontos que merecem atenção

1. Consumo

Tanto a opção 1.0 quanto a 1.6 são alvos de reclamações, de acordo com alguns relatos em clubes e fóruns do modelo. Na 1.0, são 7,6 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada com etanol e, com gasolina, as médias são 11,5 km/l no ciclo urbano e 14,5 km/l no rodoviário. Já o motor 1.6 tem o consumo médio de 7,6 km/l no perímetro urbano e 8,7 km/l no rodoviário rodando com etanol e 11,6 km/l na cidade e 12,5 km/l na estrada, abastecido com gasolina.

2. Suspensão

É só pesquisar por aí e verá que as reclamações mais comuns da linha HB20 estão concentradas no conjunto da suspensão. De curso curto, não é difícil ela atingir os batentes da mesma, o que acaba gerando desconforto aos passageiros, principalmente com o carro carregado.

3. Espaço interno

Só compre se você tiver filhos pequenos ou for solteiro, pois na parte traseira o espaço, principalmente na altura do teto, deixa a desejar. Agora, se a sua intenção é usá-lo na maior parte do tempo sozinho, à frente, o espaço é bem aproveitado e os comandos são de fácil acesso. O porta-malas tem satisfatórios 450 litros. O único inconveniente são os braços da tampa, do tipo “pescoço de ganso”, que atrapalham na hora de fechar quando o compartimento está cheio.

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4. Pintura

Outro ponto que preocupa bastante envolve a qualidade da pintura. De acordo com relatos no site “Reclame Aqui”, não é difícil o surgimento de riscos, pontinhos de batida de pedra e descascamentos da tinta e verniz, obrigando uma repintura. Vale ressaltar que o serviço quando descoberto no laudo cautelar pode afastar possíveis interessados na compra, pois eles podem desconfiar de que o carro possa ter sofrido uma batida.

5. Ar-condicionado

O sistema de climatização não é tão eficiente, segundo explicações de alguns donos. Em determinadas situações, ele para de funcionar. Dependendo do caso, só a troca do condensador e do compressor pode resolver o problema. Portanto, olho vivo nesse item, e veja se o carro que está comprando ainda oferece a garantia da Hyundai.

6. Marcador do nível do combustível

Outro problema crônico estaria na imprecisão no marcador do nível de combustível. Alguns donos comentam que conseguiram sanar o problema só com a troca da boia, bomba ou sensor. Portanto, se durante o test drive você perceber o ponteiro oscilando, é sinal de que terá que substituir, pelo menos, algum desses itens, caso não estejam na cobertura de fábrica.

7. Bobina de ignição

Há várias insatisfações quanto à falha na partida do motor, que estaria atrelada à bobina de ignição defeituosa. Portanto, se o veículo que estiver comprando tiver o problema, vale a pena cotar o valor da peça e pedir o desconto ao vendedor.

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Melhores e piores unidades para comprar

Todas as unidades costumam ter bom fluxo no mercado de usados, mas dê preferência às versões com garantia de fábrica, fabricadas a partir de 2018 que ainda contam com mais um ano de validade. São facilmente encontradas com preços a partir de R$ 53 mil.

Agora, se o orçamento estiver mais apertado, com R$ 37 mil, é possível encontrar bons exemplares. Só dê preferência para as unidades mais equipadas com freios ABS, que passaram a ser obrigatórios a partir de 2014. Boa compra!