Chevrolet Spin e VW Amarok serão renovados em 2024 sem perder a ''essência''
VW e GM vão adotar a mesma saída para atualizar seus modelos mantendo-os viáveis comercialmente
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Sugestão do designer Kleber Silva para a renovação estética do Chevrolet Spin | Imagem: Kleber Silva/KDesign AG
Ao que tudo indica, Chevrolet Spin e Volkswagen Amarok contarão com estratégias muito parecidas para preservarem sua atratividade comercial no médio prazo.
Até então, no caso da minivan, era esperado que a marca norte-americana aproveitasse o projeto do Chevrolet Orlando chinês para figurar como a nova geração do Spin em nosso mercado.
O fato do Orlando ter sido desenvolvido sobre a mesma plataforma (GEM) das gamas Tracker e Onix era algo que corroborava com a tese.
Porém, uma apuração recente do site Autos Segredos sinaliza que a GM deverá adotar um caminho muito mais simples para conferir fôlego extra ao Spin.
Segundo reporta o site, ao contrário de investir em uma nova geração para a minivan, a GM prepara uma profunda revisão estética, tanto na parte externa quanto interna, do Spin atual.
O facelift profundo incluiria um alinhamento do design com a linguagem global mais recente da Chevrolet, fato que serviu de base para o designer Kleber Silva preparar uma sugestão do que podemos esperar e você confere na projeção que ilustra o abre deste conteúdo.
De acordo com o Autos Segredos, o facelift profundo para o Spin deverá ser lançado em 2024, sendo que até mesmo o já arcaico motor 1.8 presente no modelo deverá ser mantido.
Também em 2024, a Volkswagen deverá lançar na América do Sul algumas melhorias mais extensas para a Amarok argentina, garantindo a sobrevida da picape média na região por pelo menos mais 10 anos, segundo os executivos da marca deixaram claro.
Enquanto afasta a possibilidade da segunda geração da Amarok – produzida apenas na África do Sul – chegar ao Brasil ou países vizinhos, a ideia da Volkswagen é reforçar o conteúdo de tecnologia da Amarok hoje produzida na Argentina e promover atualizações pontuais estéticas para a carroceria.
Mesmo considerando que o ciclo de vida de um veículo comercial, como é o caso da Amarok, geralmente é bem mais longo do que o de um automóvel de passeio, é possível dizer que a Amarok corre o risco de ficar defasada frente às suas principais concorrentes.
Vale lembrar que a Ford Ranger completamente renovada será comercializada no Brasil a partir de 2023, enquanto a Chevrolet S10 e a Toyota Hilux têm nos planos os seus respectivos saltos de geração previstos para o curto prazo.
O que motiva VW e Chevrolet a adotarem tal caminho para a renovação de Amarok e Spin certamente é a difícil equalização de custos, sobretudo em um país sujeito a diversas oscilações econômicas, como é o caso do Brasil.
Talvez, no caso da GM, a eventual nacionalização do Chevrolet Orlando chinês não tenha “fechado a conta”, ou seja, o investimento necessário para tal operação resultaria em um modelo com preço elevado demais para a realidade do nosso mercado.
Dentro de sua estratégia, a GM pode considerar mais interessante seguir em seu portfólio com um veículo capaz de oferecer 7 lugares preservando o foco no preço competitivo do que gastar mais para oferecer um automóvel moderno (e caro).
Com isso, a Spin renovada poderá ser uma interessante alternativa em relação ao aguardado SUV 7 lugares que a Citroën vai fabricar em Porto Real (RJ), por exemplo, o qual foi concebido para não exagerar nos valores.
Talvez a mesma limitação no orçamento pode ter pesado na decisão da VW de não investir na nova geração da Amarok por aqui, tentando preservar sua participação no segmento da melhor forma possível.
De qualquer forma, dentro de dois anos poderemos conferir de perto se as saídas pensadas por VW e GM foram as mais interessantes para seus modelos. Vamos acompanhar de perto!
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