Com nomes incomuns, carros chineses marcaram presença no mercado brasileiro em 2023
BYD, GWM e Caoa Chery ofuscaram marcas há muito estabelecidas no país. Em 2024, cenário pode se acentuar
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Saem o Gol, o Uno, o Palio, Celta e outros nomes conhecidos dos brasileiros. Entram o Ora 03, Dolphin, e a Omoda, entre vários modelos e marcas chinesas que estão chegando ao país.
O brasileiro viu passar por ele uma mudança sem igual no mercado automobilístico em 2023, movimento que deverá continuar no ano que vem.
Isso, a despeito de algumas restrições impostas pelo governo, na tentativa de (mais uma vez) proteger as empresas estrangeiras que estão há mais tempo instaladas no Brasil.
Esse fenômeno tem feito o consumidor deixar no passado nomes outrora consagrados como Celta, Palio, Uno e Gol para aceitar nomenclaturas inéditas e um tanto incomuns.
Veja a briga pelo posto de carro elétrico mais barato do país. No páreo estão o Dolphin (golfinho em inglês) e o Ora 03, que é vendidos nas versões “Skin” e “GT”.
Os dois modelos são chineses, das duas vedetes do momento, a BYD e a GWM (Great Wall Motors), que fincaram pés no Brasil e prometem produzir em território nacional em breve.
A GWM, aliás, já havia introduzido uma nova marca, a Haval, e o bem sucedido SUV híbrido H6, que teve quase 11 mil unidades emplacadas em 2023. A empresa terá no futuro outra marca no país, a Poer, que venderá uma picape média também híbrida, entre outros lançamentos.
A BYD tem sido mais enfática na linha de importados. Depois de colocar no mercado alguns sedãs e SUVs híbridos, entre eles o Song Plus (7.700 unidades emplacadas), a marca lançou o hatch médio elétrico Dolphin com enorme repercussão.
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Por pouco menos de R$ 150 mil e um desempenho bastante atraente, o modelo já tinha vendido mais de 6,8 mil carros até dias atrás. Em dezembro, já eram 2.250 unidades, mais que o nacional e ‘queimador’ de gasolina Citroën C3.
Para 2024, devemos ter o Seal (gaivota), modelo que pode reinar como elétrico mais acessível do mercado.
Novas marcas
O consumidor também está se acostumando a ver novas marcas chinesas, a maior parte delas desconhecida.
A Chery, dona da única “grife” chinesa em carros no mercado (os SUVs Tiggo), decidiu introduzir a Omoda e a Jaecoo, mas numa operação independente da CAOA.
Além disso, a Seres desembarcou no Brasil de forma um pouco discreta, mas na esperança de aproveitar a nova fase dos chineses. E a JAC, que fez barulho há 10 anos, tenta se reerguer com uma linha de veículos exclusivamente a bateria.
Dizer que os chineses vão ameaçar o reinado de Fiat, Volkswagen e Chevrolet é ser muito otimista, mas pode-se esperar que BYD, GWM e Chery deverão incomodar marcas tradicionais que estão no pelotão do meio do ranking em 2024.
Quanto ao futuro, melhor ir se acostumando com novos nomes de carros, mesmo que eles não tenham a aura global de um Golf ou um Corolla por enquanto.
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