GM pode fabricar novo modelo em São José dos Campos

Jipinho Tracker é candidato, mas há quem aponte um inédito modelo para tomar o lugar do Celta

Chevrolet Trax (Tracker) | Imagem: Divulgação

Depois de deixar a fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo, em segundo plano em seus novos produtos, a General Motors agora pretende voltar a investir na unidade, uma das maiores da América Latina.

É o que disse Luiz Moan, diretor de Assuntos Institucionais da General Motors do Brasil, e que acaba de assumir a presidência da Anfavea, a associação dos fabricantes de veículos instaladas no País. O executivo esteve na última sexta-feira (26) em São José dos Campos para se reunir com o prefeito da cidade e expôr os planos da montadora.

Segundo Moan, o modelo é inédito e está sendo disputado por outras duas fábricas no exterior e envolve o investimento de R$ 2,5 bilhões. A decisão será tomada no final de maio, de acordo com ele.

Embora não tenha revelado qual modelo global pode ser feito em São José, rumores indicam dois veículos. O primeiro é o Tracker, um jipinho no estilo do EcoSport que deve ser vendido no Brasil em breve importado do México. Com a produção local, o modelo fugiria da cota de importação sem falar que poderia viabilizar a fabricação do compacto Sonic, também vindo do exterior.

A outra aposta é de um inédito compacto popular. Sabe-se que a GM cogitou se associar à Peugeot para gerir esse projeto em uma nova fábrica no Brasil, mas as dificuldades da parceria acabaram congelando a iniciativa. Com o envelhecimento do Celta e a chegada do up!, da Volkswagen, e do sucessor do Mille, da Fiat, a GM ficará em desvantagem nesse segmento de grande volume.

Maior da região

A fábrica já foi em outros tempos a principal unidade da GM no continente. Com várias linhas de montagem, fábrica de motores e até fundição, ela respondeu por alguns do modelos mais vendidos da Chevrolet como o Corsa, Meriva e Zafira. Hoje produz apenas a nova S10, a TrailBlazer e parte da demanda do Classic.

A dificuldade de negociação com o sindicato local é apontado como um dos fatores que impediram novos investimentos.