Ford usa 'tecnologia de morcegos' em carro autônomo
Fusion que dirige sozinho tem sensores que usam ondas de luzes para determinar a distância de obstáculos
A Ford revelou na semana passada que também estuda um sistema de direção autônoma para seus futuros. A novidade é que a tecnologia testada pela montadora americana é diferente de seus concorrentes, que usa sensores em formato de “chifre” no teto do carro.
O sedã Fusion Hybrid, escolhido para os testes, utiliza um dispositivo baseado de LiDAR (Light Detection e Ranging, ou detecção de distância e alcance por luz) que têm semelhança com a maneira que morcegos e golfinhos se orientam em seus ambientes. Os dois animais fazem uso do som para medir as distâncias, já no caso do automóvel, é a luz que fornece os parâmetros para calcular a proximidade de obstáculos.
O LiDAR mede a luz infravermelha em distâncias de até 60 metros para gerar um mapa 3D em tempo real. A razão de escaneamento do sistema é impressionante: 2,5 milhões de vezes por segundo.
Segundo a Ford, o sistema é capaz de diferenciar o trânsito pesado de bicicletas, pedestres e objetos de tamanho médio, mas o objetivo é conseguir identificar até mesmo um pequeno pacote de papel numa distância de até um campo de futebol.
Para a fabricante, a tecnologia de direção autônoma deverá estar disponível em torno de 2025, ou seja, bem depois da previsão de algumas concorrentes.