Novo Chery Tiggo também será fabricado no Brasil

SUV da Chery será nacional assim como o Celer e o QQ; embora 'brasileiros', o preço dos modelos irá subir

Nova geração do Chery Tiggo 5 | Imagem: AUTOO

A montagem do Tiggo em Jacareí está praticamente definida, garantiu ao AUTOO Luis Curi, presidente da Chery no Brasil. A nova geração do SUV começa a ser produzida no primeiro semestre de 2016 na nova unidade fabril da marca, localizada no interior de São Paulo (SP). 

O Tiggo 5, como é chamado, virá equipado com motor 2.0 DVVT em alumínio que desenvolve 140 cv de potência. A transmissão conta com as opções manual e CVT. Segundo o executivo, a versão nacional do SUV deve conviver com a atual, que vem do Uruguai, durante um tempo.

Pelo menos até o momento, a Chery pode ostentar o título de primeira e única montadora chinesa com fábrica no País. O primeiro carro a sair da linha, com vendas previstas para o início de 2015 é o hatch Celer, exibido no Salão do Automóvel de São Paulo envelopado com a bandeira nacional.

O hatch segue a mesma linha da versão oferecida na China, já com as novas mudanças na dianteira, para-choques, rodas, lanternas com LEDs, entre outras mudanças, incluindo o interior. O motor é o mesmo 1.5 Flex Acteco, de até 108 cv. O índice de nacionalização do modelo hoje é de 45%, explica a marca.

Novas políticas para 2015

Curi acredita que o Celer brasileiro, que já passa por testes de rodagem, sairá da fábrica com um nível de qualidade superior ao do chinês e adianta também que o preço vai subir. “O preço não será mais o grande atrativo da marca, já podemos descolar desse slogan”, declara.

A justificativa do executivo para o aumento do preço foi que na fase inicial de implantação da marca no Brasil eles trabalharam com uma margem de lucro baixa para que os clientes pudessem conhecer melhor os produtos e também foram realizadas clínicas e pesquisas com o consumidor antes de tomarem a decisão. “Mesmo com a produção nacional, nos consideramos aptos a elevar o preço, afinal estamos entregando um veículo com mais valor agregado. O produto sobre um degrau e o preço vai junto, pois isso é necessário agora”.

Curi ainda acredita que a melhora nos veículos também é fruto da equipe que está à frente da empresa. “As operações administrativas e de produção da Chery do Brasil está muito mais nas mãos de brasileiros do que de chineses, que consequentemente entendem melhor o nosso mercado e conseguem oferecer um produto condizente com o que espera o consumidor local”.

Além do Celer e do Tiggo, outro futuro modelo nacional da linha é a nova geração do QQ, que foi durante um período o veículo mais barato do Brasil. O compacto foi totalmente repaginado, conta com um bom pacote de itens de série e motor 1.0 Acteco de três cilindros que gera 69 cv.

O novo QQ chega ao mercado na segunda quinzena de fevereiro, ainda importado da China. No ano passado, ele vendeu 7.400 unidades e a expectativa é que ele feche este ano com 10 mil unidades vendidas. Embora a marca não espere perspectivas tão boas para antes de 2016, eles vislumbram um bom mercado para a Chery no Brasil. A produção começa com 30 mil unidades para o ano de 2015, para 2016 a conta sobe para 50 mil – já contando com a produção do Tiggo – e em 2018 a marca espera produzir 150 mil carros por ano no Brasil.