Para enfrentar ''tempos difíceis'', Jaguar Land Rover busca parcerias

O presidente da Tata Sons, holding que controla a Tata Motors, Natarajan Chandrasekaran, admitiu em uma entrevista para a Bloomberg que o conglomerado indiano não cogita vender as ações que detêm das marcas de luxo britânicas, mas que estão, sim, buscando parceiros de negócios.

“Não iremos vender. O setor automotivo é um negócio-chave para nós. As empresas automotivas são as que mais geram receitas no nosso grupo.”

Os negócios no setor automobilístico para a Tata vêm acumulando prejuízos. Uma queda no mercado doméstico, recessão econômica na China e a incerteza em relação ao Brexit, fazem com que os indianos procurem soluções para suas empresas de maior renome mundial.

Chandrasekaran contou que as vendas na China caíram 50% no último ano, porém, apresentaram uma melhora no primeiro semestre de 2019. Ainda segundo o executivo, a queda nas vendas foi motivada por falhas próprias, como problemas na montagem dos veículos e uma rede de concessionárias insuficiente, e ressaltou que toda a indústria “está passando por tempos difíceis”.

O executivo enfatizou o compromisso dos indianos com a Jaguar Land Rover. “Não somos investidores. Nós, do Grupo Tata, administramos empresas. Não queremos apenas vender uma parte da Jaguar Land Rover e perder o direito de opinar na tomada de decisão. Assim que conseguirmos estabilidade, vocês irão acreditar no que estou dizendo: não estamos fugindo”, completou.

A Tata Motors adquiriu a Jaguar Land Rover junto à Ford em 2008 e a transformou em uma companhia próspera, se aproveitando de uma explosão de vendas em mercados emergentes como China e Rússia. Mas os negócios reduziram drasticamente e os britânicos se viram obrigados a realizar um programa de corte de custos de cerca de 2,5 bilhões de libras.

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