Renault e Nissan chegam a acordo para modificar aliança entre elas

Enquanto fabricante francesa irá reduzir participação na montadora japonesa, a Nissan ficará com 15% da parceira. Mudanças devem impulsionar projetos na América Latina
A aliança Renault Nissan teve início em 1999 e passou a contar com a Mitsubishi em 2016

A aliança Renault Nissan teve início em 1999 e passou a contar com a Mitsubishi em 2016 | Imagem: Divulgação

Após intensas negociações, a Renault e a Nissan chegaram a um acordo para revisar a aliança entre as duas montadoras, desgastadas desde a prisão do ex-CEO Carlos Ghosn.

As duas empresas anunciaram nesta segunda-feira, 30, novas bases para sua parceria. O primeiro deles é estabelecer uma participação cruzada de 15% de ambas, com direito a voto – atualmente a Nissan não possui ações da Renault, algo que há tempos a companhia almejava.

Para chegar a esse formato, a Renault irá se desfazer de 28,4% das ações que têm na montadora japonesa. Elas serão alocadas num fundo francês que os venderia no mercado, levantando recursos para os projetos de eletrificação da fabricante.

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Dentro do acordo, a Nissan investirá na Ampere, uma empresa focada em veículos elétricos pela Renault, para se tornar um sócio estratégico. Isso, no entanto, não significará que a Nissan possa desenvolver seus próprios produtos eletrificados.

Planos para a América Latina

A nota da aliança também cita uma nova fase da parceria em relação a três mercados, Europa, Índia e América Latina. A ideia é estabelecer uma estratégia focada em projetos operacionais de “alto valor agregado” para essas regiões, sem detalhar do que se tratam.

O acordo depende da aprovação dos conselhos de administração do Grupo Renault e da Nissan. Segundo o Automotive News, o anúncio definitivo pode ocorrer em 6 de fevereiro.

A nova fase da parceria entre as duas fabricantes está sendo chamada de “Reload” (Recarregar), um termo apropriado para definir o estado da aliança nos últimos cinco anos.

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Em 2018, o todo-poderoso Ghosn, responsável por recolocar Renault e Nissan no caminho do crescimento, pretendia transformá-las numa só empresa, mas a inesperada prisão intoxicou as relações entre japoneses e franceses.

Agora, caso os novos termos sejam aprovados, as montadoras pretendem voltar a colaborar em projetos estratégicos diante do desafio de eletrificar toda a linha de veículos.

No Brasil e Argentina, o cenário é preocupante diante dos portfólios mais modestos de ambas. Enquanto a Renault caiu do 4º lugar no ranking em 2019 para 7º desde então, a Nissan até galgou um degrau, passando a ser a 9ª marca mais vendida. No entanto, isso ocorreu pela queda da Ford nas vendas.

Os emplacamentos da Renault e da Nissan caíram 41% e 45% entre 2018 e 2022, respectivamente.

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