Renault pode diminuir participação na Nissan

Montadoras discutem novo formato de aliança que pode ver parceira japonesa investir em divisão de elétricos da empresa francesa
A aliança Renault Nissan teve início em 1999 e passou a contar com a Mitsubishi em 2016

A aliança Renault Nissan teve início em 1999 e passou a contar com a Mitsubishi em 2016 | Imagem: Divulgação

A aliança Renault-Nissan estaria próxima de passar por mudanças profundas. Criada em 1999, a parceria estratégia hoje é dominada pela fabricante francesa, que detém 43% do controle acionário da empresa japonesa enquanto esta só possui 15% da Renault, mas sem direito a voto.

Segundo a Reuters, a Renault está sendo pressionada pela Nissan a se desfazer de boa parte das suas ações para que ambas mantenham apenas 15% de participação. Em compensação, a montadora japonesa considera investir na futura unidade de veículos elétricos da fabricante da França.

Em comunicado conjunto nesta segunda-feira, o Grupo Renault e a Nissan Motor afirmaram que “estão atualmente envolvidos em discussões de confiança em torno de várias iniciativas como parte dos esforços contínuos para reforçar a cooperação e o futuro da Aliança”.

Entre os tópicos discutidos estão “um acordo sobre um conjunto de iniciativas estratégicas comuns entre mercados, produtos e tecnologias”, além do investimento na Renault EV.

As mudanças na sociedade estão sendo vistas com otimismo pelo mercado, que acredita ser uma oportunidade para a Renault reforçar o caixa para investir na modernização de sua infraestrutura e portfólio.

A ideia da Renault é dividir o grupo numa divisão elétrica sediada na França e numa segunda entidade responsável pelos veículos com motor a combustão e que ficaria fora do país-sede.

Nascido no Brasil, Carlos Ghosn ocupava o cargo de chairman e CEO da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi
Nascido no Brasil, Carlos Ghosn ocupava o cargo de chairman e CEO da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi
Imagem: Divulgação

Conversas com a Volvo e a Geely

Durante o GP do Japão de Fórmula 1 em Suzuka, no Japão, foi relatado que o CEO da Renault, Luca De Meo, se encontrou com seu colega da Nissan, Makoto Uchida, para discutir o assunto.

Sobre a divisão de veículos a combustão, do qual o Brasil certamente participação, há conversas para uma possível sociedade com a Geely e a Volvo.

A Aliança Renault-Nissan foi implantada na época em que a montadora japonesa passava por grave crise financeira e se recuperava pelas mãos do brasileiro Carlos Ghosn, que mais tarde assumiria a direção de todo o grupo.

A Mitsubishi passou a fazer parte da aliança em 2016 após a Nissan assumir seu controle. O objetivo de Ghosn era realizar a fusão de todo o grupo em 2018, mas em novembro daquele ano, o ex-CEO foi preso pelas autoridades japonesas por suspeitas de uso indevido de ativos da empresa e por supostamente esconder parte dos seus ganhos.

Recomendados por AUTOO

Youtube
Fiat Fastback Abarth

Fiat Fastback Abarth

SUV Cupê tem veneno na medida certa
Aviação
Embraer vai gerar mais 900 empregos e investir R$ 2 bilhões

Embraer vai gerar mais 900 empregos e investir R$ 2 bilhões

Anúncio foi feito durante visita do presidente Lula e entrega de jato para a Azul
MOTOO
Pop 110i ES 2025

Pop 110i ES 2025

A evolução da Honda mais barata do Brasil. Veja como ficou