Renault tem mês de 'gente grande' nas vendas

Marca foi a 4ª mais vendida em abril, à frente da Ford, e pode galgar alguns degraus no acumulado do ano
Renault Kwid 2018

Renault Kwid 2018 | Imagem: Divulgação

Após anos sem grandes emoções, a disputa pelas vendas de veículos no Brasil esquentou. Se antes algumas posições eram consolidadas hoje nada é garantido, até mesmo a liderança da Chevrolet. Mas é no pelotão intermediário que se notam as maiores variações.

Vejam o caso da Ford, marca que dormia na 4ª colocação há décadas mas que despencou para o 6º lugar em 2016 para se recuperar no ano passado. Em 2018, no entanto, a ameaça é outra: a Renault.

Os franceses experimentam um crescimento consistente nos últimos meses, motivado em grande parte pelo compacto Kwid. Lançado há seis meses, o sucessor do Clio viveu altos e baixos, mas agora parece ter encontrado seu patamar, em torno de 6 mil unidades.

É um volume grande, porém, abaixo do que já conseguiu o Sandero no ano passado. O hatch derivado do Logan chegou a emplacar 9 mil carros em junho de 2017, nível hoje que poucos modelos conseguem, com o mercado pulverizado e sem grandes fontes de financiamento.

Mas a Renault não é apenas o Kwid. O próprio Sandero voltou a ter um desempenho melhor após meses minguados. O Logan mantém uma parcela respeitável do segmento de sedãs compactos e desde 2017 a montadora possui três modelos que a representam entre os SUVs e picapes, o Captur, Oroch e o veterano Duster. Juntos eles já acumulam 14,7 mil unidades vendidas este ano, que somadas às boas vendas da líder Ducato entre as vans colocou a Renault pela primeira vez acima das 20 mil unidades emplacadas em abril.

Cliente final, afinal

As boas vendas do Kwid em abril (5º no ranking geral) fazem crer que o compacto possa ter sido alvo de vendas diretas para locadoras e empresas. Embora seja comum ver exemplares com escadas no teto, na função de veículos de companhias telefônicas, o Kwid na verdade começou 2018 com uma participação impressionante de clientes finais, ou seja, pessoas físicas.

Dos 20,3 mil carros vendidos, apenas 2,7 mil foram vendas diretas. É uma participação mais baixa que a do HB20, modelo que não costuma buscar volume nessas negociações agressivas (apenas 15,6% das vendas). Em carros mais populares como o Onix e o Ka esse índice é bem maior: 33,9% e 42,4%, respectivamente. O Gol, por exemplo, depende basicamente disso para emplacar, afinal nada menos que 58,9% dos interessados foram pessoas jurídicas.

Outro sintoma de que o Kwid atraiu os olhares do consumidor é o fato de a versão intermediária Zen responder por 55% enquanto a Life, de entrada, ter atraído apenas 6% dos clientes entre janeiro e março.

O desempenho de abril fez a Renault se aproximar da Toyota, Hyundai e Ford no acumulado do ano. Não será surpresa se a marca francesa repetir o feito e tomar o 4º lugar da Ford em 2018, mas como o mercado está mais imprevisível melhor esperar até o último dia útil do ano.

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