Se o Ford Fusion acabar no Brasil, que modelo eu compro?

Modelo vai virar um crossover nos EUA, mas ainda é um sedã bem procurado no Brasil
Ford Fusion 2019

Ford Fusion 2019 | Imagem: Divulgação

Não é segredo para ninguém que, pelo menos em sua linha norte-americana, o único carro de passeio que restará na gama Ford é o esportivo Mustang. A montadora vai aplicar uma estratégia agressiva a partir da próxima década e vai focar sua linha de produtos em picapes e SUVs. Do ponto de vista administrativo/empresarial, a lógica é fácil de entender: veículos com essas carrocerias estão dominando a preferência dos consumidores e, de quebra, eles também conferem às fabricantes uma margem de lucro maior do que a obtida em hatchbacks, sedãs, etc. 

Uma grande incógnita para nós, brasileiros, será o destino do Ford Fusion em nosso mercado. Hoje produzido no México, o sedã ainda tem muito fôlego por aqui. Como você confere em nosso ranking específico do segmento de sedãs grandes, o Fusion hoje ocupa a segunda posição logo depois do Mercedes-Benz Classe C, mas, por várias vezes, coube ao Ford a primeira posição da lista. Desde sua primeira geração, o Fusion conquistou uma ótima imagem no mercado brasileiro e virou uma referência na categoria para muita gente. Amparado por um bom conjunto mecânico, amplo espaço interno, design cativante e um bom pacote de eletrônica embarcada, é fácil entender porque muitos consumidores optam pelo sedã hoje em dia. 

Mesmo nos EUA, onde as vendas do Fusion caíram para dar espaço aos SUVs dentro da gama Ford, os concessionários da marca não gostaram da ideia de tirar de linha o Fusion no curto prazo e pediram para que ao menos o nome seja preservado. Com isso, o sedã vai se tornar um crossover nos moldes do Subaru Outback por lá.

Para mercados como o brasileiro, uma alternativa que ainda pode ser uma carta na manga da Ford é que o sedã possa seguir seu caminho produzido e desenvolvido na China. O país asiático ainda tem uma predileção por sedãs e o alto volume em vendas que a China é capaz de entregar pode justificar o investimento da Ford por lá. Caso isso se concretize, a marca poderia importar o Fusion da China para o Brasil, uma saída que agradaria muita gente.

Enquanto não sabemos qual será a decisão da Ford, que mesmo assim ainda continua investindo no modelo na Europa (por lá ele adota o nome Mondeo), existem algumas alternativas bem interessantes, caso a importação do Fusion ao Brasil cesse a partir da próxima década. 

Se o seu sedã preferido não chegar mais ao país e você quiser aproveitar a brecha para conhecer um utilitário esportivo, uma excelente opção reside no Chevrolet Equinox Premier. Nessa versão o SUV gravita nos R$ 160.000, mesma faixa de preço do Fusion Titanium EcoBoost AWD hoje em dia aqui no Brasil. Assim como o sedã, o Equinox Premier também conta com tração integral e motorização 2.0 turbo, que oferece alto nível de desepempenho. Ainda conta a favor do Chevrolet o excelente câmbio automático de 9 marchas, a cabine ampla e espaçosa e o alto nível de equipamentos de conforto, segurança e assistentes de condução. Quem tem um Fusion topo de linha não vai se sentir em um modelo inferior, já que o Equinox Premier também conta com assistente de estacionamento, alerta de colisão com frenagem automática de emergência, detector de ponto cego nos retrovisores, dentre outros itens.

Seguindo no universo dos sedãs, se o Fusion deixar mesmo de ser oferecido no Brasil, quem pode tirar uma boa vantagem disso é a Volkswagen. A marca alemã promoveu um reposicionamento no preço do Passat com a estreia da linha 2018 e sobram argumentos de compra para o sedã alemão. Vendido apenas na versão Highline de R$ 164.620, ele conta com porte praticamente igual ao do Fusion e um estilo que deverá agradar os fãs do Ford. Ele pode não ser tão arrojado quanto o sedã norte-americano, mas o Passat traz formas bem elegantes, típicas do design alemão.

O Passat só fica devendo um sistema de tração integral, mas seu 2.0 turbo de 220 cv confere ao VW desempenho no mesmo patamar do Fusion. Também podemos dizer que o comportamento dinâmico a bordo do VW é ainda mais refinado em relação ao Fusion, com respostas ao volante impecáveis. O espaço interno e volume disponível no porta-malas do Passat e do Fusion também são muito parelhos.

É claro que, ao falarmos de modelos como o Fusion e o Passat, é inegável que para muita gente a possibilidade de partir para um sedã de luxo (leia-se Mercedes-Benz Classe C, BMW 320i e Audi A4) é uma proposta tentadora. Hoje o Mercedes-Benz C 180 Avantgarde, por exemplo, parte de R$ 178.900, uma diferença considerável em relação às versões topo de linha de Fusion e Passat, mas que não se torna algo proibitivo. O modelo traz todo o requinte e status que a estrela na grade frontal confere aos modelos da marca – isso sem falar na qualidade de acabamento –, porém o sedã montado no Brasil em sua configuração de entrada não traz o mesmo nível de equipamentos de tecnologia que Equinox Premier e Passat Highline entregam para seus clientes, portanto é algo a ser colocado na balança. 

Vamos analisar de perto o caminho que a Ford vai trilhar envolvendo o Fusion em mercados como o brasileiro e o chinês. De qualquer forma, VW Passat e Chevrolet Equinox são duas excelentes alternativas!

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