Seu por R$ 30 mil: VW Voyage é o sedã econômico usado e barato para manter

Modelo reúne as mesmas características de um Gol com a vantagem do espaço superior
VW Voyage

VW Voyage | Imagem: Divulgação

Quem adora o Gol, mas sente falta de um pouco mais de espaço encontra no Voyage uma saída interessante, já que o sedã herda muitas qualidades do veterano hatch da Volkswagen.

VEJA TAMBÉM:

A primeira delas é a confiabilidade na marca, com peças baratas e de fácil manutenção, além, é claro, da robustez como um todo, presente desde quando as primeiras unidades começaram a ser fabricadas, a partir de 1981.

No entanto, vamos focar nos modelos a partir do ano 2008 e 2009 que foi o período em que o modelo foi ressuscitado pela marca sobre a carroceria da quinta geração do hatch ou G5 - feita sobre a plataforma PQ24 do Polo e Fox.

A começar pelo visual, ele é quase o clone do Gol, até as portas traseiras. Depois em diante, tudo é diferente No Voyage, principalmente na questão do porta-malas de bons 480 litros, ou quase 200 litros superior ao do hatch.

As primeiras unidades vieram com duas opções de motores flexíveis e de série, a mais simples trazia apenas o essencial como banco do motorista com regulagem de altura, porta-malas com iluminação e abertura elétrica interna, tomada de 12V, rodas de 14 polegadas e vidros verdes. Se quisesse ar-condicionado, trio elétrico ou direção hidráulica, por exemplo, só pedindo à parte.

No conjunto motriz, o sedã trazia o 1.0 VHT (Volkswagen High Torque) e 1.6 VHT da família EA 11, o mesmo do Fox e Gol que rende 76/72 cv e 10,6/9,7 kgfm, associado ao câmbio manual de cinco marchas, além do propulsor 1.6 com 104/101 cv e 15,6/15,4 kgfm, com a mesma transmissão da 1.0. No final de 2009, a VW apresentou o Gol e Voyage com o câmbio automatizado I-Motion, em resposta ao lançamento da Fiat com o Palio equipado com o câmbio Dualogic.

Junto à reestilização na linha 2012, o Voyage ganhou melhorias na opção 1.0 TEC, sigla para Tecnologia de Economia de Combustível, que apesar de ter mantido a potência e torque, o consumo foi um dos principais pontos positivos, algo em torno de 4%, segundo a VW.

Outra mudança significativa ocorreu na linha 2016 quando ganhou o segundo facelift, e novamente, com mudanças na motorização 1.0 que passou a contar três cilindros e 12 válvulas (82/75 cv e 10,4/9,7 kgfm). O câmbio era o mesmo manual de cinco marchas. 

Para o modelo 2019 veio a opção do câmbio automático de seis marchas, apenas para as versões equipadas com motor 1.6 (120/110 cv e 16,8/15,8 kgfm).

Em 2022, o sedã de entrada da VW se despedia de vez do mercado passando o bastão para o Virtus, um sedã mais atualizado para poder brigar com a acirrada concorrência como Chevrolet Onix Plus, Honda City, Nissan Versa e Hyundai HB20S 

PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO

VW Voyage
VW Voyage tem o mesmo painel do Gol, o que pode incluir central multimídia e volante multifuncional
Imagem: Divulgação
  •  Barulhos internos

De acordo com relatos de donos, não é difícil apresentar ruídos na parte interna, mesmo nas unidades mais novas, culpa da ineficiência do isolamento acústico.

Para contornar o problema, a dica é levar o carro em uma oficina especializada em tirar barulhos que vão cobrar entre R$ 250 e R$ 1.500, dependendo do serviço a ser feito. 

  •  Cárter do câmbio automático

Ao olhar por baixo do carro, avalie o cárter do câmbio automático que fica posicionado do lado direito. Constantes raspados ou amassados na peça podem furá-la e ocorrer vazamentos. A dica é instalar protetor de cárter. Só a peça, no Mercado Livre, costuma custar R$ 460, sem o frete e a mão de obra inclusos.

  • Bobina

Segundo relatos, unidades equipadas com motor EA111 saíram com sistema de bobina, que possui módulo de ignição integrado. Falhas e falta de potência são os principais sintomas, e para corrigir o problema, vale levar até um mecânico de confiança para verificar além da bobina, as velas e o próprio módulo.

  • Suspensão

Bastante robusta, a manutenção do conjunto da suspensão é simples e barata, previsivelmente dentro das propostas de um Voyage. Por outro lado, ela é dura e, às vezes, cansativa em viagens mais longas, tornando a vida do motorista um tédio. Há relatos de unidades que, mesmo novas, tiveram de trocar o amortecedor (R$ 285, cada). Outro fato relatado pelos donos são os ruídos no conjunto da suspensão.

  • Recalls

Com o número do chassi, verifique no site da VW (https://www.vw.com.br/pt/servicos-e-acessorios/aviso-recall.html) se o carro já passou pelas inspeções ou trocas. Entre elas, estão: troca do airbag do passageiro e do motorista, alternador, porcas de fixação do pivô de suspensão dianteira, polia do motor, além do reparo do fecho do cinto de segurança e até recompra de veículos 2010. Portanto, olho vivo nesses itens.  

MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR

VW Voyage
VW Voyage vem com porta-malas de 480 litros, embora o espaço para os ocupantes não seja tão bom
Imagem: Divulgação

Indo direto ao ponto, evite a qualquer custo as unidades equipadas com o temido câmbio automatizado I-motion. Além da manutenção dispendiosa, não é comum queixas a respeito de falhas, vazamentos, trancos e ruídos e até travamento durante as trocas de marchas. Portanto, essa é a primeira regra. 

A segunda e mais importante é quanto às unidades mais peladas, sem ar-condicionado e direção com assistência hidráulica e trio elétrico (vidros, travas e retrovisores com acionamentos elétricos). Lembre-se de que as versões mais baratas tendem a ser menos valorizadas e mais difíceis de serem vendidas.

Quanto às demais versões, pode comprar a que mais for da sua necessidade e, principalmente, bolso. Por falar nisso, por menos de R$ 30 mil chegamos a encontrar exemplares em bom estado e bem equipados. Estamos falando das opções com motor 1.0 das primeiras “fornadas”. O senão vai para o desempenho fraco. A aceleração de 0 a 100 km/h, pode ser feita em em 13,3 segundos e a velocidade máxima é de 168 km/h. O consumo é de 7,4 km/l na cidade e de 9,5 km/l na estrada com etanol e 10,8 km/l na cidade e 14,1 km/l na estrada com gasolina.

Se a ideia é ter um carro mais ágil, a 1.6 é perfeita para você, já que além de custar barato, considerando as primeiras unidades de 2009, tem desempenho bem superior e consumo ligeiramente inferior: 7,3 km/l na cidade e 9,4 km/l na estrada (etanol) e 10,7 km/l e 13,7 km/l (gasolina), nessa ordem. Seus preços iniciais são de R$ 35 mil.

Já na faixa de R$ 40 mil a R$ 60 mil, as opções recorrem aos modelos fabricados a partir de 2018 que já contam com motores mais atualizados como a 1.0 12V de três cilindros (82/75 cv e 10,4/9,7 kgfm) com consumo de 8,9 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada com etanol e 13,4 km/l na cidade e 15,6 km/l na estrada com gasolina. Além dela, há a 1.6 8V (120/110 cv e 16,8/15,8 kgfm), esta última com a transmissão automática de seis velocidades. São 8 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada com etanol e 11,1 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada. 

Siga o AUTOO nas redes: WhatsApp | LinkedIn | Youtube | Facebook | Twitter

VW Voyage

VW Voyage

VW Voyage

VW Voyage

VW Voyage

VW Voyage

Recomendados por AUTOO

Youtube
Fiat Fastback Abarth

Fiat Fastback Abarth

SUV Cupê tem veneno na medida certa
Aviação
Embraer vai gerar mais 900 empregos e investir R$ 2 bilhões

Embraer vai gerar mais 900 empregos e investir R$ 2 bilhões

Anúncio foi feito durante visita do presidente Lula e entrega de jato para a Azul
MOTOO
Pop 110i ES 2025

Pop 110i ES 2025

A evolução da Honda mais barata do Brasil. Veja como ficou