Toyota Hilux 2019 estreia com novo visual, mais equipada e quer vender ainda mais

Em time que está ganhando se mexe, sim. Mesmo na confortável situação da liderança do segmento de picapes médias, a Toyota sabe que o segmento ficará cada vez mais disputado nos próximos meses com as chegadas de Renault Alaskan, Mercedes-Benz Classe X, dentre outras novidades.

Pensando nisso, a Toyota tratou de promover discretas melhorias em uma das picapes mais queridas do Brasil, começando pela parte externa.

Como já havíamos antecipado, a partir de agora as versões SR, SRV e SRX da Hilux passam a contar com uma nova dianteira ostentando uma grade hexagonal composta por três barras horizontais e acabamento cromada emorldurando a peça. O para-choque dianteiro também é novo, com destaque para as molduras dos faróis de neblina oferecidos a partir da versão SR.

Curioso que a alteração no design, apesar de mínima, resultou em uma diminuição de 15 mm no comprimento da picape, que passa a contar com 5.315 mm de comprimento em sua carroceria cabine dupla. Ela segue com 1.815 mm de altura, 1.855 mm de largura e 3.085 mm de entre eixos.

A opção topo de linha SRX tratá com novidades na linha 2019 um logotipo alusivo ao 50º aniversário da picape. As novidades externas para a versão são complementadas pela introdução de novas rodas 18”, capota marítima como um item de série, tonalidade escura para o revestimento de couro dos bancos, painel de instrumentos de iluminação na cor branca, acabamento com plástico preto brilhante (“black piano”) em certas áreas da cabine, espelho retrovisor interno eletrocrômico, luz de condução diurna em LED, dentre outros.

A versão intermediária SRV, por sua vez, recebe na linha 2019 o estepe em liga leve, airbags laterais e de cortina (totalizando sete), chave presencial, assistente eletrônico de subida (DAC) apenas nas versões a diesel, módulo para subida automática dos quatro vidros, luz de condução diurna e retrovisor eletrocrômico.

A versão SR, focada no canal de produtor rural da marca, ganha de série o ar-condicionado digital e a luz de condução diurna.

As versões que são destinadas ao uso comercial – e que mantém o visual até então adotado pela picape na linha 2018 – também apresentam algumas melhorias. A versão Standard Power Pack agora conta com luzes de condução diurna, faróis com função follow me home, revestimento dos assentos em material sintético, travamento automático das portas, chave canivete, vidros elétricos, retrovisores externos elétricos, radio AM/FM com CD player, Bluetooth e entrada USB auxiliar, comandos de áudio no volante. As versões Standard Narrow, Cabine Simples e Cabine Chassi ganham luzes de condução diurna, faróis com função follow me home e revestimento dos bancos em material sintético.

Mecanicamente nada muda e a Toyota Hilux 2019 segue com a opção dos motores 2.7 16V flex com até 163 cv com etanol e 2.8 16V turbodiesel de 177 cv. As transmissões para os modelos diesel são a automática de 6 marchas sequencial para as versões SRX, SRV e SR e manual de 6 velocidades para as versões Standard Power Pack, Standard Narrow, Cabine Simples e Cabine Chassi.

As versões 2.7 flex dotadas de transmissão automática de 6 velocidades sequencial são as seguintes: SRV 4x4 Cabine Dupla, SRV 4x2 e SR 4x2. Há ainda opção de SR 4x2 de transmissão manual de 5 velocidades. 

A Toyota espera aumentar as vendas da picape, após a introdução da linha 2019, em cerca de 15%, alcançando a marca de 40.000 unidades emplacadas.   

Com isso, a gama Toyota Hilux 2019 fica composta da seguinte forma:

SRX 50th Anniversary automática diesel 4x4 – R$ 196.990
SRV automática diesel 4x4 – R$ 179.990
SR automática diesel 4x4 – R$ 160.490
STD Power Pack manual diesel 4x4 – R$ 140.490
STD Narrow manual diesel 4x4 – R$ 138.010
Cabine Simples manual diesel 4x4 – R$ 125.560
Chassi e Cabine diesel 4x4 – R$ 121.530
SRV automática flex 4x4 – R$ 140.990
SRV automática flex 4X2 – R$ 129.990
SR automática flex 4X2 – R$ 117.990
SR manual flex 4X2 – R$ 111.990

Os 50 anos da Toyota Hilux

A Toyota Hilux foi lançada em março de 1968 e contava com um propulsor de 70 cv de 1.5 litro. O chassi era separado por uma suspensão dianteira de molas triangulares, enquanto a traseira era rígida de eixo/mola. Sua transmissão acompanhava caixa manual de quatro velocidades. Comportava até três passageiros e carga de até 1.000 kg.

Quatro gerações depois, em 1988, a Hilux conciliou, de forma aprimorada, o conceito de uso misto, tomando por base três pilares: potência, robustez e conforto.

Exatamente esta quinta geração, lançada no fim dos anos 1980 e que durou até 1997, foi protagonista da história da Toyota em um dos mais importantes segmentos no território nacional. As primeiras unidades da Hilux desembarcaram no Brasil em 1992, oriundas do Japão, ano marcado pela abertura a produtos importados no mercado doméstico. Naquele mesmo ano, a Toyota encerrou o período com cerca de 400 unidades comercializadas.

A Hilux também participou do processo de desenvolvimento econômico e social no Brasil e no território latino-americano. A picape média da Toyota conquistou, ao longo desses 26 anos, notoriedade e ainda mais relevância. Tanto é que no Brasil, por exemplo, em um intervalo de três anos, saltou de 400 unidades vendidas em 1992 para 920 em 1993, depois para 1.279, em 1994, e chegou a 2.804, em 1995. Por este potencial, a Toyota decidiu pela produção regional, com início em 1998, na Argentina.

Com a chegada da oitava geração, em 2015, a Hilux vem ampliando tradição e renome ao superar barreiras continentais. Segundo a consultoria especializada no setor automotivo Focus2Move o modelo já atingiu, nos primeiros sete meses de 2018 na América Latina, o terceiro lugar entre os veículos mais vendidos na região. Da Argentina, o modelo é exportado, além do Brasil, para outros 21 países.