Ao fechar fábricas na Índia, Ford enterra projetos dos novos Ka e EcoSport

País asiático era cotado para exportar os produtos a diversos mercado ao redor do mundo
Projeção de Kleber Silva para uma eventual nova geração do Ford Ka

Projeção de Kleber Silva para uma eventual nova geração do Ford Ka | Imagem: Kleber Silva/KDesign AG

Notícia que marcou a semana, a decisão da Ford de encerrar suas atividades de manufatura na Índia implica em uma série de desdobramentos, que vão muito além das óbvias consequências econômicas para o país, assim como ocorreu no Brasil.

Há um bom tempo rumores sinalizavam que a Ford poderia aproveitar os planos para os sucessores de Ka e EcoSport, que estavam sendo trabalhados no Brasil e demais escritórios de engenharia e design da marca ao redor do mundo, e seguir com o desenvolvimento dos produtos em sua subsidiária indiana. 

A ideia seria utilizar o país asiático como uma plataforma de exportação para diversos mercados ao redor do mundo.

Vale lembrar que, com o fim das unidades produtivas brasileiras da Ford, mercados como EUA e Argentina seguiram recebendo o EcoSport importado da Índia.

A decisão da Ford de encerrar a manufatura na Índia levou, inclusive, ao cancelamento da estreia do facelift do atual EcoSport vendido por lá, lançamento que deveria ocorrer em breve.

Projetos

Agora, sem uma base exportadora de alto volume e com foco em produtos acessíveis, fica claro que a Ford pode ter enterrado de vez os projetos para eventuais sucessores de EcoSport e Ka, hatch que era comercializado com o nome Figo na Índia. 

Como já havíamos relatado em outra análise, o sucessor do Ford Ka caminhava para contar com um projeto interessante, em linha com as novas aspirações dos consumidores.

A previsão era que o Ka migrasse de um hatch compacto para um crossover pequeno, nos moldes do futuro Fiat Pulse, entre outros. 

Com isso, o EcoSport teria espaço para evoluir e tornar-se um SUV compacto mais sofisticado, oferecendo mais tecnologia, nível de acabamento superior e conjuntos propulsores mais eficientes.

Seria um caminho similar ao que o Peugeot 2008 estreou em sua segunda geração na Europa, por exemplo.

Até então, seria aconselhável acompanharmos de perto os desdobramentos em relação aos novos EcoSport e Ka, uma vez que, se os seus projetos comportassem um maior valor agregado, não seria tão despropositado pensar que a dupla poderia voltar ao Brasil mesmo que importada.

A partir de agora, contudo, podemos ter uma noção mais clara de que a orientação do portfólio da Ford aqui no Brasil vai contemplar modelos de preço superior, até mesmo pelo fato da Ranger ter se tornado seu veículo de entrada, no momento, aqui no país.

Provavelmente, com a importação da Maverick a partir do ano que vem, a Ford contará com um produto mais acessível e altamente competitivo, quem sabe até podendo recuperar uma parte de sua participação de mercado aqui no Brasil. 

Sucessor do Ka poderia ser um crossover pequeno nos moldes do Fiat Pulse
Sucessor do Ka poderia ser um crossover pequeno nos moldes do Fiat Pulse
Imagem: Kleber Silva/KDesign AG

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