Projeto CC21: o SUV que pode reviver a Citroën no Brasil

Novidade produzida em Porto Real (RJ) vai trazer novo fôlego à marca
Projeção de Kleber Silva para o futuro crossover nacional da Citroën

Projeção de Kleber Silva para o futuro crossover nacional da Citroën | Imagem: Kleber Silva/KDesign AG

Atualmente na 14ª posição entre as marcas mais vendidas no Brasil considerando automóveis e comerciais leves, a Citroën já contou com um fôlego muito maior do que apenas os 0,61% de participação de mercado que detém atualmente. Entre a década de 1990 e começo dos anos 2000, a marca ostentava produtos desejados, como o C3 entre os hatches compactos e a Xsara Picasso no tempo em que as minivans eram os veículos familiares por excelência. 

O tempo foi passando, as circunstâncias econômicas tornando-se mais desafiadoras e a falta de investimentos na marca por aqui fez com que a Citroën hoje em dia conte com apenas um veículo de passeio em seu portfólio nacional, no caso o SUV compacto C4 Cactus. 

Mas uma boa notícia permite traçar um panorama mais animador para a marca francesa aqui no Brasil a partir do segundo semestre. 

Aproveitando a comemoração dos 20 anos da fábrica de Porto Real (RJ), a Stellantis, agora responsável pelas marcas Peugeot e Citroën, confirmou em fevereiro deste ano que o complexo fabril vai receber um novo modelo

Só falta o anúncio por parte do conglomerado, mas tudo leva a crer que a novidade em questão é o inédito crossover pequeno que a Citroën desenvolve na Índia sob o nome de projeto CC21. 

O modelo em questão integra um novo programa da marca chamado C-Cubed, uma família inteiramente desenvolvida para mercados emergentes.

Se os carros mais recentes da Citroën na Europa evoluíram a tal ponto que seus projetos se tornariam caros demais para a realidade brasileira e dos demais países em desenvolvimento, a saída da fabricante foi investir em uma solução que permitisse conciliar os valores da companhia ao desenvolver um veículo a um custo acessível. 

Segundo apurações em especial da mídia especializada indiana, o programa C-Cubed compreende não só o crossover pequeno bem como um hatch e até um sedã com proporções compactas. Não sabemos, entretanto, se a ideia da Stellantis passa por nacionalizar toda a nova família da Citroën. 

Voltando ao projeto CC21, de acordo com os colegas indianos a previsão é que a estreia global do primeiro membro do programa C-Cubed ocorra em algum período próximo à virada do primeiro para o segundo semestre, com a produção no Brasil e Índia iniciando em uma etapa mais próxima ao fim deste ano. 

Ainda segundo a mídia especializada asiática, a tendência é que o projeto CC21 tenha um comprimento abaixo de 4 metros, o que posicionaria o modelo como um rival direto para Renault Kiger e Nissan Magnite (outro candidato a ganhar procedência brasileira). A lógica faz sentido, em especial pensando na complementaridade de gama, estratégia que vai nortear o portfólio completo da Stellantis. 

Olhando para o conglomerado como um todo, o futuro crossover pequeno da Citroën com menos de 4 metros poderia ser o menor SUV nacional da Stellantis. Logo acima, o fruto do projeto 363, da Fiat, entraria na composição de gama atuando em uma faixa de comprimento na casa dos 4,10 m. SUVs compactos propriamente ditos, o Citroën C4 Cactus (4,17 m) e o Jeep Renegade (4,23 m) figuram como alternativas de maior porte. 

Na Índia, as possibilidades de conjuntos propulsores para o projeto CC21 recaem em especial no motor 1.2 turbo associado a um câmbio manual de 5 marchas. Aqui no Brasil, entretanto, é mais provável que o crossover receba o já conhecido motor 1.6 16V flex fabricado em Porto Real e aplicado também no C4 Cactus. Quem sabe, se o fator preço não for muito impactado, as versões mais caras do crossover poderão contar com o novo motor 1.0 turbo de origem FCA, o qual integra a família GSE e começará a ser produzido em Betim (MG) neste ano. 

A plataforma CMP, que dará vida ao projeto CC21, encontra-se nacionalizada e pronta para ser produzida na fábrica carioca da Stellantis, fruto de um investimento de R$ 220 milhões iniciado pela PSA há cerca de dois anos. Moderna, a arquitetura promete conferir ao inédito crossover alto nível de segurança, eficiência e bom comportamento dinâmico. Após o C4 Cactus, certamente o SUV pequeno que será lançado no segundo semestre trará um saudável sopro de renovação para a Citroën no Brasil. Quem sabe, com esse apoio e mais investidas na linha, a francesa retome postos mais altos no ranking de vendas. Vamos acompanhar de perto!

Projeção de Kleber Silva para o futuro crossover nacional da Citroën
Projeção de Kleber Silva para o futuro crossover nacional da Citroën
Imagem: Kleber Silva/KDesign AG

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